Ciência e Tecnologia

Banda larga deve ampliar possibilidades de ensino em 2 mil escolas até junho
13-04-2008 14:24

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil


Brasília - De simples pesquisas a produções de conteúdo, as possibilidades de uso da internet como ferramenta de ensino são múltiplas, na opinião da professora Nilza Gomes, do Laboratório de Novas Tecnologias da Faculdade de Educação da Universidade de Santa Catarina. Segundo ela, o acesso por banda larga, nas escolas da rede pública, amplia essas vantagens.


“A banda larga faz toda a diferença porque amplia muito a possibilidade de trabalho do professor em um ambiente intermídia, desenvolvendo projetos, baixando materiais ou produzindo e disponibilizando os seus próprios. Quando o acesso é restrito, eles têm muita dificuldade porque a internet é lenta”.

Segundo Ministério da Educação (MEC), 2 mil escolas estarão conectadas via banda larga até junho. O esforço faz parte do programa Banda Larga nas Escolas, lançado na semana passada semana pelo governo, que levará conexão rápida de acesso à internet a 56 mil escolas públicas até 2010. O estado com mais escolas que participa do programa é Minas Gerais, com 379 unidades. A Região Nordeste, que obteve um número alto de resultados ruins no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) terá 563 escolas beneficiadas.

No Centro Educacional 3 do Guará, cidade-satélite de Brasília, a internet já é uma ferramenta de ensino há três anos. Os professores de biologia, química e física desenvolvem projetos casados com o laboratório de informática, usando o material e as de sites da rede para facilitar a compreensão dos conteúdos. O próximo passo será levar o computador para dentro da sala de aula. Com a ajuda de projetor, o professor poderá navegar na rede e explorá-la junto com os alunos.

Para Nilza Gomes, o principal ganho que a internet proporciona em sala de aula é a possibilidade de troca entre os alunos e de trabalho cooperativo. “A internet é um mundo todo, o aluno pode buscar o resultado de uma pesquisa em uma biblioteca em que ele não teria condições de ir porque fica em outro lugar do mundo. É uma revolução nas possibilidades que a gente tem [para] aprender”.

O uso do pedagógico da rede mundial de computadores também permite ao aluno aprender a dominar a ferramenta. “O analfabetismo na área [digital] é um problema, porque você pode ser competente e ter um bom nível de escolaridade, mas se não souber informática não tem como competir no mercado de trabalho e isso [o aprendizado] se inicia na escola ”, afirma a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Justina Iva de Araújo.


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