Educação

Defensoria acompanha situação das escolas ocupadas no PR
11-10-2016 18:00

Defensores públicos de várias cidades do Paraná têm visitado as escolas estaduais ocupadas por estudantes. Segundo a página do movimento “Ocupa Paraná”, na rede social Facebook, já são 150 escolas ocupadas, 23 delas em Curitiba, além de dois campi da UNIOESTE, em Marechal Rondon e Toledo. A Secretaria Estadual de Educação já entrou na Justiça com pedidos de reintegração de posse.

Na sexta-feira (7), os defensores públicos Anna Carla Marques, Camille Vieira da Costa e Henrique Freire, além do ouvidor geral da DPPR, Gerson da Silva, estiveram no Colégio Estadual Arnaldo Jansen, em São José dos Pinhais, que foi a primeira escola ocupada no estado. Na ocasião, eles conversaram com os alunos sobre os direitos dos estudantes, além de verificar a situação da escola e colocar-se à disposição para intermediar o diálogo com o governo estadual.

A defensora pública Camille da Costa, coordenadora do Núcleo da Cidadania "Tudo Aqui" - que atua na temática dos direitos humanos -, relata que os estudantes se mostraram bem conscientes dos motivos que os levaram a ocupar as escolas. Eles protestam contra a reforma do ensino médio através da Medida Provisória 746, do governo federal. “Nós questionamos e eles souberam responder cada questão. Por exemplo, a questão do ensino em tempo integral, que a princípio parece ser uma proposta superinteressante, eles dizem que muitos alunos têm que trabalhar também e que esses alunos vão ter que optar entre trabalhar ou estudar”, explica.

A falta de estrutura física das escolas também é criticada pelos estudantes, já que em algumas existem turmas em todos os períodos – manhã, tarde e noite – e faltaria espaço para o estudo em tempo integral. O ensino crítico também é uma reivindicação dos alunos, que se opõem à retirada da obrigatoriedade de algumas disciplinas da grade curricular, como Filosofia, Sociologia e Artes. “Eles estão aprendendo, é uma nova forma de aprendizado, do exercício da cidadania. Eles estão se organizando para preparar o alimento, fazer a segurança e a limpeza da escola”, observa a defensora.

Em Ponta Grossa, onde oito escolas estão ocupadas, os defensores públicos Ana Paula Gamero, Mônia Regina Serafim e Ricardo Padoim têm acompanhado o caso. Em São José dos Pinhais, com 19 ocupações, Anna Carla Marques e Henrique Freire são os defensores que estão visitando as escolas. Os defensores Elisabete Silva, Gabriel Lutz e Renata Tsukada seguem a situação de treze escolas em Londrina. Além deles. Já os defensores Guilherme Panzenhagen e Nicholas Moura e Silva estão atuando em Fazenda Rio Grande, onde há oito escolas ocupadas. A defensora pública Jeniffer Scheffer acompanha, por sua vez, a situação em Matinhos (três escolas ocupadas). E o defensor Daniel Pereira também visitou três escolas ocupadas em Paranaguá. Por fim, o defensor público Bruno Müller Silva, ficou responsável pelas vistorias em duas escolas ocupadas de Maringá.


Assessoria de Comunicação
Defensoria Pública do Paraná
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