Empresa

Brasil Telecom e OI juntas não formariam uma supertele, diz especialista
21-12-2008 20:20

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil


Brasília - Aprovada pelo Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a compra da operadora de telefonia Brasil Telecom pela OI está cada vez mais perto de ser concretizada. Mas, segundo o presidente da Teleco, empresa de consultoria especializada em telecomunicações, Eduardo Tude, “chamar a nova empresa de supertele é um exagero”.

Tude explica que um olhar limitado ao mercado nacional até poderia dar uma dimensão maior do que a real da empresa. De acordo com Tude, quando se observa o contexto internacional, vê-se que a participação desse grupo é pequena até na América Latina.

“O grupo ligado à American Movel/Telemar, que no Brasil é dono da Claro, teve em 2007 receita líquida de US$ 46 bilhões na América Latina, contra apenas US$ 16 bilhões resultantes da soma de receitas da Brasil Telecom e da OI”, afirmou engenheiro, especialista em telecomunicações.

Para ele, se a compra for consolidada, será positiva para o consumidor brasileiro: “Ao juntar as duas empresas, teremos um grupo com porte similar ao dos dois grandes grupos que atuam no Brasil. É um mercado competitivo, e a entrada de um terceiro grupo certamente trará bons resultados para os usuários do serviço.”

Na enquete realizada pela Teleco sobre como o público avalia a compra da Brasil Telecom pela OI, 33% manifestaram-se contra o negócio; 44% disseram ser favoráveis e 22%, favoráveis, desde que fosse como golden share, o que impediria a venda da empresa sem a anuência do governo.

Se for efetivada a operação, a nova empresa deterá 50% da receita do setor em território nacional e 64% dos acessos fixos instalados e terá alcance de 90% do mercado geográfico. Para ser concretizado, o negócio depende de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).


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