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Equilíbrio orçamentário marca recuperação do Lactec em 2007
04-12-2007 11:32

O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) vai fechar o ano de 2007 com um superávit contábil de R$ 1,5 milhão, após um longo período de déficit absoluto. O número, registrado pelo conselho administrativo e homologado pelos associados, demonstra o sucesso da atual administração, que assumiu no início desse ano com um déficit previsto de R$ 8,5 milhões. O equilíbrio orçamentário, baseado na redução dos custos administrativos, foi o motivo principal da reversão do quadro e colocou o Lactec novamente entre um dos mais importantes nos cenários nacional e internacional.

Segundo o diretor-superintendente do Lactec, Aldair Rizzi, os custos com a administração chegavam a 25% da receita do instituto. O corte na folha de pagamentos possibilitou uma redução de gastos anuais de R$ 3,5 milhões. “Por outro lado, os recursos economizados na área administrativa serviram para a contratação de novos técnicos para a área operacional”, diz. Os relatórios de projetos tecnológicos atrasados e que não podiam ser recebidos, segundo Rizzi ampliaram a receita do instituto. “Novos contratos nos deram o superávit fiscal que não era registrado há muitos anos”, explica.

As mudanças administrativas também mudaram todo o organograma do instituto. O modelo gerencial funcional foi substituído pelo matricial. “Isso implica eliminar a segmentação e o isolamento dos departamentos. A partir do modelo matricial houve uma maior integração entre as pesquisas e uma melhor utilização dos equipamentos. Os projetos não são mais dos departamentos e sim vinculados às duas diretorias operacionais”. As duas diretorias a que o diretor se refere são as de tecnologia em energia e a diretoria sócio-industrial, que substituíram as de operações técnicas e de fomento respectivamente.

O foco de atuação do instituto também foi redefinido. “O Lactec está centrando os esforços cada vez mais nas áreas de energia, que são suas principais atividades e respondem por cerca de 70% do faturamento. A diversificação da receita também vai possibilitar a ampliação dos serviços e do potencial tecnológico na indústria e nas políticas públicas do Governo do Estado”, lembra Rizi, salientando a aproximação do instituto também com as universidades e as pesquisas científicas.

Essa pareceria firma a tripé da inovação tecnológica. “Tudo aprovado pelo conselho da administração. Essas mudanças foram objeto de análise dos associados do Lactec, que não só homologaram as decisões tomadas pelo Conselho de Administração como também aprovaram as mudanças no estatuto, necessárias para dar suporte a nova política administrativa”, diz Rizzi. “Toda a mudança foi baseada na troca do foco no administrativo pelo operacional”.

Segundo o diretor Aldair a racionalização dos custos promoveu uma mudança radical para tornar o Lactec um dos mais importantes do cenário nacional e internacional. “Foi uma verdadeira revolução do ponto de vista administrativo. Um instituto como o nosso, que precisa buscar suas próprias receitas tem que primar pela eficiência, pela qualidade do produto, redução dos custos e a eficiência na produtividade. Essa é a essência do desafio para administrar buscando a auto-sustentação”, explica.

O diretor vê o crescimento do Lactec como uma conseqüência do trabalho realizado durante 2007. “Feitos os ajustes nós estamos prontos para vôos mais altos. Podemos ampliar a participação do instituto nas políticas públicas do Governo do Estado e as inovações junto às empresas públicas e privadas”, diz Aldair Rizzi.

Segundo Rizzi, a política de racionalização da administração e crescimento da receita é um compromisso assumido com o atual governo. “O Lactec tem competência técnica nas áreas de engenharia e seguramente, bem gerenciadas e articuladas com as empresas poderá gerar mais desenvolvimento tecnológico e melhorar a condição da economia paranaense. Com isso nós cumprimos uma orientação do Governo Requião de fazer do Lactec uma instituição transparente do ponto de vista administrativo, eficiente do ponto de vista técnico e que possa contribuir efetivamente para o desenvolvimento de nosso estado”, finaliza o diretor-superintendente.

AEN
Foto Julio Covello-SECS
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