Empresa

Ferroeste bate recorde de produção no primeiro semestre de 2008
04-07-2008 11:39

A Ferroeste fechou junho transportando 156.241 toneladas de carga, volume 89,6% superior às 82.285 toneladas movimentadas no mesmo mês de 2006 pela companhia privada que administrava o trecho. É o sexto mês consecutivo em que a ferrovia pública do Paraná — única operadora pública de trens de carga do Brasil — supera os resultados atingidos pela antecessora privada.

O primeiro semestre de 2008 é o melhor da história da Ferroeste. De janeiro a junho, a empresa movimentou 863.933 toneladas de carga. Nos primeiros seis meses de 2006, sob controle privado, a ferrovia transportou 658.723 toneladas. O aumento da produção no semestre atinge 31%. A Ferroeste projeta transportar 2 milhões de toneladas de carga até o final do ano, superando em 35% o volume movimentado pela gestão privada em 2006 —1,48 milhão de toneladas.

O aumento do volume de transporte pela Ferroeste supera o aumento da produção de grãos na região de abrangência da ferrovia. A safra de grãos tem acréscimo projetado de 33,6% entre 2006 e 2008, mais de duas vezes inferior ao crescimento do volume de carga transportada pela Ferroeste. Como não houve aumento no número de vagões e locomotivas operados, os bons resultados se devem à melhoria da produtividade na operação.

“É o resultado da nova forma de gerenciamento a ferrovia. Melhoramos a manutenção da frota, as locomotivas ficam menos tempo paradas e mais tempo operando. Também melhoramos a manutenção da linha, retirando pontos de restrição de velocidade”, explica Samuel Gomes, diretor-presidente da Ferroeste.

O desempenho da Ferroeste em junho é 33,6% superior ao do mesmo mês de 2007, quando a empresa já voltara a ser pública. Em junho de 2007, a Ferroeste havia aumentado a produção em 41,8% em relação ao mesmo mês de 2006 — 116.889 ante 82.385 toneladas.

RESGATE DA CONFIANÇA — “Após a retomada da ferrovia pelo Governo do Paraná, a Ferroeste mostra como pode e deve funcionar uma empresa pública ferroviária, com eficiência e produtividade, dispondo dos mesmos equipamentos e tecnologias que a concessionária privada”, avalia o ex-governador Emílio Gomes.

Os bons resultados se devem também à confiança dos produtores na ferrovia, que aumentaram a demanda de transporte. “Após a retomada da ferrovia pelo Governo, passamos a transportar um volume imensamente maior, já que o monopólio logístico das empresas de grande porte foi quebrado. E pretendemos aumentar esse volume cada vez mais. Acreditamos na Ferroeste”, diz o gerente de Logística da AB Insumos, Valmir Wieste.

“Os clientes potenciais estavam descrentes na ferrovia, em razão da péssima gestão privada. Agora, os produtores, especialmente os pequenos e médios produtores e cerealistas, passam a contar com a ferrovia para o sucesso dos seus negócios. Estamos recebendo inúmeras propostas de investimentos privados na Ferroeste tanto no Terminal de Cascavel como na aquisição de vagões. Este é o modelo de parceria público-privada que o Paraná pratica e que está dando certo: cargas privadas em ferrovia pública”, fala Samuel.

AEN
FotoSECS

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