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Grupo definirá modelo para serviços de dragagem no Porto de Paranaguá
26-06-2007 12:24

Um grupo de trabalho foi criado nesta segunda-feira (25) para discutir a questão da dragagem do Canal da Galheta, único acesso marítimo de navios aos Portos de Paranaguá e Antonina. A comissão vai entregar em 15 dias o estudo final à Capitania dos Portos e, a partir do aval da Marinha, a licitação para dragagem será feita em 30 dias.

Segundo o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, o material dragado poderá servir para recuperar a praia de Matinhos, que sofre com as ressacas. “Se isso for possível, vai significar não só a recuperação da cidade, mas de todo o Litoral do Paraná”, afirma.

A questão ambiental, tanto da dragagem como o uso dos sedimentos para recuperar Matinhos, lembra a Appa, já foi aprovada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

“O IAP tem a anuência do Ibama e precisamos apenas de um projeto básico sobre o engordamento da praia de Matinhos. A situação ambiental é muito confortável porque já temos estudos anteriores, inclusive com a participação de técnicos de universidades brasileiras e estrangeiras. A parte ambiental está muito bem resolvida”, garantiu Pedro Dias, engenheiro do IAP.

Marinha - O capitão de Mar-e-Guerra Marco Antonio do Amaral Silva esteve presente à reunião e declarou que a criação do grupo atende aos anseios da comunidade marítima. “Temos que deixar o Canal da Galheta em condições aceitáveis de navegação e, a longo prazo, buscar um Canal ideal para atender assim não só à economia do Paraná, mas do Brasil e dos países que se utilizam dos portos paranaenses”, avaliou.

Segundo ele, é preciso resguardar a segurança da navegação e reduzir os riscos das manobras no Canal e que, enquanto a dragagem não for realizada, a Marinha vai impor restrições de navegação, como a diminuição do calado noturno. “Mas essa medida, de acordo com um levantamento que fizemos nos últimos seis meses, vai afetar menos de 5% dos navios que vêm a Paranaguá. Apenas navios de contêineres serão afetados. Os graneleiros não”, garantiu.

Comissão – O diretor-superintendente do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), Juarez Moraes e Silva, foi eleito o presidente da Comissão, que terá ainda representantes da Appa; da Capitania dos Portos; do Sindicato das Agências Marítimas do Estado do Paraná (Sindapar); do Instituto Ambiental do Paraná (IAP); da Paranaguá Pilots; da Associação de Defesa do Meio Ambiente e do Desenvolvimento de Antonina (Ademadan) e dos Conselhos de Autoridade Portuária de Paranaguá e de Antonina.

Para Juarez, “a criação da comissão estabelece um novo tempo em Paranaguá e Antonina. Temos que encontrar o melhor caminho para a dragagem porque todos sabemos que esse Porto (de Paranaguá) está destinado a ser um dos melhores do país”. A segunda reunião do grupo está marcada para o final desta semana e, a terceira, para o início da próxima semana. Até o final do mês os estudos já estarão prontos e serão submetidos à Marinha.

Histórico - Eduardo Requião lembrou que a formação dessa comissão de estudos é a possibilidade de recuperar o tempo perdido quando o contrato de dragagem celebrado com a empresa Bandeirantes, em 2000, sofreu aditivos que frustaram a dragagem.

“O Segundo Termo Aditivo ao Contrato reduziu as sobrelarguras, diminui em um metro a profundidade prevista e ainda retirou do contrato o Porto de Antonina e o Terminal da Ponta do Félix. Nossa maior missão agora é restabelecer as condições técnicas para a dragagem e garantir o máximo de segurança e confiabilidade aos usuários dos portos paranaenses”, afirmou.

Agência Estadual de Notícias
Foto Rodrigo Leal-APPA
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