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Incertezas do mercado e volatilidade adiam aprovação do plano de negócios da Petrobras
22-12-2008 16:52

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - O adiamento para janeiro do Plano de Negócios da Petrobras para o período de 2009-2013, o Conselho de Administração da estatal levou em consideração as incertezas geradas pela crise financeira internacional e a conseqüente volatilidade dos preços do petróleo no mercado externo, que desabou no segundo semestre do ano de US$ 140 para menos de US$ 40 o barril.

“Houve uma gigantesca volatilidade nos preços do barril do petróleo nestes últimos seis meses, que chegou a derrubar o preço do petróleo de US$ 140 para US$ 33. E é evidente que essa volatilidade não era esperada por nós. Além disso, houve outro fenômeno nestes seis meses, que foi a crise financeira internacional, que gerou uma incerteza muito grande no mercado em relação aos preços. Então projetos novos terão que ser reavaliados de acordo com o este novo cenário”, explicou o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli.

O presidente da Petrobras negou que o Plano de Negócios tenha sido rejeitado pelo Conselho de Administração ou que algum projeto tenha sido avaliado individualmente. "A decisão [de adiar a aprovação do plano para janeiro] foi unânime", disse Gabrilelli.

Gabrielli lembrou que o quadro geral de contração de demanda necessariamente atingirá os custos da indústria do petróleo. “As sondas vão custar menos, o aço já está custando menos. Os transportes, os equipamentos, os serviços já custam menos. Agora quanto e quando vai cair ninguém sabe. Daí as incertezas e a necessidade de aguardar um pouco mais”, disse.

Para o presidente da Petrobras, juntos, todos estes fatores colocaram incertezas muito claras sobre o que vai acontecer com o custo dos novos investimentos da estatal. “Os projetos novos têm que ser reavaliados dentro de uma perspectiva de que vai ter claramente uma queda nos preços”.
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