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Rede de supermercados adere à sacola ecológica sugerida pelo Governo do PR
25-06-2007 16:33

O Condor foi a primeira grande rede de supermercados a atender a solicitação da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos para substituir as sacolas plásticas utilizadas em suas lojas. Há uma semana, a rede repassou 10 milhões de sacolas ecologicamente corretas – feita de plástico oxi-biodegradável, se decompõem em 18 meses - às suas 24 lojas instaladas no Paraná. Este número equivale a cerca de 12% das 80 milhões de sacolas distribuídas mensalmente pelo setor supermercadista paranaense e que corresponde a 20 toneladas de plástico lançados no meio ambiente. .

O secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, elogiou a iniciativa do Condor, que se antecipou à solicitação feita na reunião realizada com as redes de supermercado, em parceria com o Ministério Público Estadual, no último dia 23 de maio.

“Na ocasião, estabelecemos prazo de 30 dias para que apresentassem o volume de sacolas utilizadas mensalmente em cada rede e as alternativas para reduzir o impacto ambiental causado pelo plástico. O Condor saiu na frente e além de ganhar pontos com o meio ambiente, ganha com a população também”, declarou o secretário.

O presidente da rede, Joanir Zonta, contou que apenas uma das lojas - no bairro Centro Cívico (em Curitiba) - está utilizando somente as sacolas ecológicas. “Foram encaminhadas um milhão de sacolas. Nas demais lojas ainda são utilizadas as convencionais que estão em estoque, mas a previsão é substituir 100% das sacolas oferecidas na rede. Até a próxima semana todas as lojas terão recebido seu primeiro lote de sacolas oxi-biodegradáveis e, com o final dos estoques, usaremos exclusivamente o produto ecológico”, acrescentou.

Aceitação – Segundo o presidente da rede de supermercados Condor, o público aprovou o uso das novas sacolas. “Percebemos que hoje existe maior consciência sobre o que está causando problemas ao meio ambiente e sobre o que devemos fazer para colaborar; por parte dos empresários, mas principalmente por parte da população. A aceitação tem sido muito boa”, destacou.

Aprovação – Segundo técnicos da Secretaria do Meio Ambiente, os consumidores realmente aderiram à idéia e apóiam a iniciativa da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. “A iniciativa mostra o senso de oportunidade do nosso governo e vem a calhar com a preocupação geral da população em relação ao meio ambiente”, opinou o jornalista José Roberto Alves.

A dona-de-casa Gertrudes Elza Bernsdorf foi além. “Achei ótima a troca das sacolas, o meio ambiente agradece. Estas oferecidas pelo Condor ainda são diferenciadas, o que facilita na hora de separar o lixo reciclável do orgânico em casa”, disse, demonstrando conhecimento sobre a importância da reciclagem domiciliar.

Para a arquiteta Selma Lucia Matoski, o trabalho realizado pelo governo do Estado na área ambiental é muito interessante. “Estão demonstrando preocupação de maneira criativa, fazendo a sociedade realmente refletir seus hábitos e atitudes. Já que estão nos dando alternativas, como o recolhimento de óleo vegetal, o reaproveitamento de alimentos; o mínimo que podemos fazer é colaborar”, comentou.

Custo benefício - Para a rede Condor, atualmente o produto ecológico custa cerca de 12% a mais. “Mas acredito que este índice seja reduzido com o aumento da procura pelas sacolas, podendo chegar a 3% quando produzida em larga escala. Ela ainda está saindo mais cara porque o consumo é pequeno no Brasil”, comentou Zonta. “Mesmo assim, estamos conseguindo absorver o acréscimo sem repassá-lo ao consumidor”, garantiu.

“Pena que ainda existem pessoas que são inimigas do meio ambiente e deixam o interesse pessoal se sobrepor. O meio ambiente vale muito mais do que qualquer valor financeiro”, concluiu o presidente do Condor.

Além do Condor, o supermercado Cidade Canção (em Maringá) já utiliza o produto ecologicamente correto. No próximo mês, a rede Muffato irá substituir as sacolas de plástico convencional.

A iniciativa de substituição das sacolas convencionais por oxi-biodegradáveis é do Programa Desperdício Zero, coordenado pela Secretaria, com o objetivo reduzir em 30% o volume de lixo gerado e eliminar os lixões a céu aberto no Estado.

Tecnologia – Para o meio ambiente, a diferença entre as sacolas de plástico convencional e as feitas com o material oxi-biodegradável é o tempo de degradação. Enquanto a tradicional sacola plástica demora séculos (estimam-se 400 anos), a sacolas ecológicas se decompõem em aproximadamente 18 meses.

O processo de decomposição se inicia com uma combinação de luz e calor, que agem como catalisadores e afetam a velocidade na qual a degradação progride. Uma vez que o processo é iniciado, tem continuidade no aterro sanitário ou em qualquer outro lugar – como rios, galhos de árvores e outros locais onde constantemente são encontradas sacolas plásticas.

A tecnologia empregada no processo de produção da sacola utiliza um aditivo químico que agiliza o processo de degradação, \\\'desmontando\\\' as ligações carbono-carbono no plástico.

O representante da empresa que comercializa o aditivo, Eduardo Vonroost, ressaltou que o plástico aditivado não perde suas propriedades. “Pois são utilizados estabilizadores, garantindo assim uma vida útil suficientemente longa para cada aplicação específica. Resistência, transparência, propriedades de selagem, permeabilidade e impressão não são afetadas”, comentou, acrescentando que não são necessárias mudanças no processo padrão de fabricação de plásticos.


Agência Esatdual de Notícias
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