Internacional

UE lamenta veto russo à criação de tribunal para investigar queda de avião
30-07-2015 15:30

A União Europeia (UE) lamentou hoje (30) o veto russo à criação de um tribunal especial sobre a queda do avião da Malásia em 2014 no Leste da Ucrânia, mas observou que a investigação deve prosseguir “para que seja feita justiça.”

“Lamentamos muito que, na noite passada, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) tenha adotado, devido ao veto da Rússia, a resolução sobre a queda do Boeing da Malaysia Airlines MH17”, declarou, em Bruxelas, uma porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa e da Política de Segurança e Negócios Estrangeiros da Comissão Europeia.

Apontando que “esta resolução teria estabelecido um mecanismo vinculativo e credível para julgar os responsáveis” pela “terrível tragédia” e, ao mesmo tempo, “teria também honrado o compromisso do próprio Conselho de Segurança da ONU, na Resolução 2166, de levar os responsáveis à justiça”, a porta-voz, Maja Kocijancic, defendeu que “este revés” não impede que seja feita Justiça por meio de outros mecanismos, ainda que um tribunal especial criado pelas Nações Unidas fosse “a opção preferida”.

“Independentemente desse revés, o trabalho deve continuar, para que aqueles que são direta ou indiretamente responsáveis pela queda do avião sejam levados à Justiça”, disse, apontando que “os familiares e amigos das pessoas que seguiam a bordo merecem, obviamente, que seja feita justiça”. Nesse sentido, apelou "a todas as partes a colaborar com as investigações em curso".

Na quarta-feira (29), a Rússia vetou no Conselho de Segurança da ONU uma resolução para criar um tribunal especial para julgar os responsáveis pela queda do avião da Malásia abatido em julho de 2014 no Leste da Ucrânia.

Onze países votaram a favor e três abstiveram-se (China, Venezuela e Angola). Antes da votação, os 15 países membros do Conselho de Segurança fizeram um minuto de silêncio em memória das 298 pessoas que estavam no voo da Malaysia Airlines.

O voo seguia de Amsterdã para Kuala Lumpur. A maioria das vítimas era holandesa. O avião foi abatido em uma zona do Leste da Ucrânia onde se registavam combates entre forças ucranianas e separatistas pró-russos.

Da Agência Lusa
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