Trabalho e Emprego

Greve de educadoras paralisa creches em SJP
15-02-2016 19:34

Em assembleia na tarde desta segunda-feira (15), educadoras dos Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs) de São José dos Pinhais decidiram continuar em greve por tempo indeterminado. A decisão veio após a Prefeitura não apresentar nenhuma proposta às reivindicações da categoria. A paralisação teve início nesta manhã e resultou em 15 Centros totalmente fechados. O protesto teve adesão de diversos professores e funcionários da Educação Infantil.

Dos 41 CEMEIs do Município, 33 aderiram ao movimento, de acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsep). Naqueles que abriram, os alunos foram mandados de volta para casa pela ausência das educadoras. Elas reivindicam o cumprimento da lei que regulariza a hora-atividade para a função, redução no número de crianças por sala (no máximo 12) e divisão do cargo de educador entre as Secretarias de Educação e Assistência Social.

“Atualmente, existe só um cargo de educador social com atribuição muito ampla, que envolve a Educação Infantil e a Assistência Social. Pedimos uma adequação, que sejam separados os cargos e que seja regulamentada a hora-atividade para estes quadros”, explica a presidente do Sinsep, Juciane Zuanazzi.

Segundo ela, a greve é a única maneira de fazer a Prefeitura cumprir o prometido. “Em junho, apresentaram um acordo e não cumpriram com a separação dos cargos; chegaram a apresentar um projeto de lei, mas desistiram”, diz Juciane. “É necessário uma adequação do cargo de educador à realidade do Município, afinal, todas as profissionais da Educação possuem formação em Magistério e, em sua maioria, curso superior. Elas procuraram se capacitar e merecem esse retorno, até porque a Semed exige. Elas são cobradas a fazer avaliação, pareceres efetivos das crianças, atendimento aos pais, que são funções de um professor.”

Juciane lembra ainda que, em Curitiba, as educadoras são consideradas professoras de Educação Infantil desde 2014. “Nosso entendimento é que a Prefeitura pode fazer isso, não há impedimento legal. O que há são educadoras com até 20 crianças em sala. Elas trabalham como professoras e não têm os benefícios compatíveis”, destaca a presidente sindical.

Com a exigência de vaga para todas as crianças com mais de 4 anos, Juciane afirma que a Prefeitura está reduzindo o horário de atendimento, substituindo o período integral pelo meio período. “Além do aumento do número de crianças por sala, as educadoras foram divididas e agora ficam sozinhas com o dobro de alunos, sem direito a hora-atividade. Por isso, elas não pretendem voltar sem ter uma garantia concreta de solução”, revela.

A Secretaria de Educação de SJP foi procurada pelo Guiasjp para comentar as declarações do Sinsep, porém, não houve retorno até o fechamento desta matéria (17h30).

Publicado: GuiaSJP.com - Jornalista Mauren Luc (Reprodução autorizada mediante citação do GuiaSJP.com)
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