Maná da Segunda

Maná da Segunda - Dinheiro e felicidade nao necessariamente ligados



Por Jim Mathis

Além do meu trabalho normal de restauro de fotografias antigas e retratos executivos, sou também profissional em impostos de uma companhia nacional de preparação de declaração de rendas. Já fiz cerca de 1.000 declarações de rendas nos últimos anos e ganhei o título de “Agente Inscrito – Perito em Consultoria Tributária”.
Com o decorrer do tempo isso me proporcionou uma boa compreensão da situação financeira da América. Conversando com as pessoas e obtendo uma visão de seus níveis de felicidade e contentamento, e depois olhando para suas finanças através dos impostos, observei coisas interessantes.

Como você já esperava, não existe uma conexão entre rendas e patrimônio líquido. Algumas pessoas com rendas modestas acumularam grande riqueza, e muitas pessoas com altos rendimentos gastaram tudo e ainda mais. Um colega e eu estávamos revisando uma declaração de rendas recentemente quando comentei que isso prova que não é possível ganhar o suficiente para sobrepujar a tolice. As pessoas tolas quase sempre gastam mais do que ganham.

Muitas pessoas pensam que se ganhassem um pouco mais seriam mais felizes. Provavelmente não. Se é que existe alguma correlação entre rendimentos e felicidade, ela é representada por uma curva em forma de sino onde as pessoas mais felizes estão situadas no meio dela. As pessoas com menores rendimentos e aquelas com as rendas mais elevadas estão situadas em ambas as pontas da curva, sendo as menos felizes. No caso de você estar duvidando, as pesquisas mostram que a mais alta porcentagem de pessoas que se declaram felizes ganham no máximo U$75.000 por ano. Ganhar mais não torna as pessoas mais felizes.

O que nos leva à eterna questão: O dinheiro pode comprar a felicidade? Eu acredito que a resposta seja: Ele poderia, mas raramente o faz, porque as pessoas o gastam comprando as coisas erradas. Um carro novo não vai trazer felicidade, mas pegar a estrada e viajar com bons amigos deve resultar em bastante felicidade – e produzirá memórias afetuosas que durarão por muito tempo.

Se é verdade que o dinheiro por si só não pode comprar felicidade, não deveríamos usá-lo de forma a promover pelo menos um certo grau de satisfação, realização e alegria? Sim, especialmente se seguirmos os princípios encontrados na Bíblia.

Evite extremos. Como já mencionei, as pessoas mais felizes parecem ser aquelas que poderiam ser classificadas como nem ricas, nem pobres, mas situar-se em algum ponto mediano. O desafio consiste em reconhecer onde está o “meio”. “Mantém longe de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem pobreza nem riqueza; dá-me apenas o alimento necessário. Se não, tendo demais, eu Te negaria e Te deixaria, e diria: ‘Quem é o Senhor?’. Se eu ficasse pobre, poderia vir a roubar, desonrando assim o nome do meu Deus.” (Provérbios 30:8-9).

O endividamento pode colocar as pessoas em escravidão física e emocional. Muitas vezes “comprar” coisas com crédito pode satisfazer desejos imediatos, mas o custo no longo prazo pode ser devastador e restringir a flexibilidade financeira no futuro. “O rico domina sobre o pobre; quem toma emprestado é escravo de quem empresta.” (Provérbios 22:7).

Compartilhar com outros pode produzir grande alegria. Com demasiada frequência as pessoas têm uma visão muito estreita sobre dar, seja para ajudar indivíduos ou apoiar causas caritativas. Entretanto, saber que podemos usar um pouco dos nossos recursos para aliviar o fardo financeiro de outras pessoas pode ser recompensador. “Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.” (II Coríntios 9:7).

Próxima semana tem mais!
Texto de autoria de Jim Mathis, dono de um Estúdio de Fotografia em Overland Park, Kansas, USA, especializado em trabalhos corporativos, comerciais e artes dramática. Também dirige uma Escola de Fotografia. Jim é autor de "Câmaras de Alto desempenho", livro para pessoas comuns sobre fotografia digital. Foi dono de uma Cafeteria e Diretor Executivo do CBMC, em Kansas City, Kansas, Missouri. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto .


Questões Para Reflexão ou Discussão
1. Qual tem sido sua experiência com a tentativa de comprar ou vivenciar felicidade com o dinheiro?

2. Você concorda que as pessoas mais felizes – não importa sociedade ou cultura – não são as mais ricas nem as mais pobres, mas sim aquelas cuja renda se encontra entre os dois extremos? Por quê?

3. Se é verdade que o dinheiro não compra felicidade, por que tantas pessoas tentam provar o contrário? Explique sua resposta.

4. Pensamos em dinheiro e recursos materiais em termos do que possuímos. Como a felicidade pode ser alcançada não por meio de ganhar e reter coisas, mas sim distribuindo uma parte delas?

Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Provérbios 11:24-25; 13:11; 15:16; 19:17; 22:9; Atos 20:35; Lucas 12:13-21.

MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Connecting Business and Marketplace to Christ, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2008 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL

 

 


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