Maná da Segunda

Maná de Segunda: Falando Sem Usar Palavras



Por Robert J. Tamasy

Um princípio importante do curso superior em Comunicação Empresarial que ministro, diz que apenas 7% da comunicação é verbal. O restante (93%) é não verbal, incluindo contato visual, expressões faciais, linguagem corporal, movimentos das mãos e tons de voz. Mesmo a maneira de dispor os móveis no escritório tem muito a dizer sobre o que somos. Como diz o velho ditado, “Ações falam mais alto que palavras”.

Max DePree, escritor e executivo bem sucedido, fez o seguinte comentário: “Quer os líderes articulem ou não uma filosofia particular, seu comportamento expressa seus valores e crenças. A maneira como construímos e mantemos relacionamentos, os ambientes físicos que criamos, os produtos e serviços que nossas organizações fornecem, a forma de nos comunicarmos, tudo revela quem somos.”

Por décadas tem sido prática das empresas redigir sua missão, visão, objetivos, expectativas e valores. Frequentemente estes documentos são impressos, distribuídos e depois enfiados em alguma gaveta e esquecidos. Duas empresas para as quais prestei consultoria, entretanto, não apenas delinearam claramente sua missão, visão e valores, mas seus líderes os colocaram em destaque na parede, como lembrete contínuo para empregados e para si próprios.

Porém, mais importante que colocar tais declarações bem à vista é o fato da liderança insistir em pôr em prática os princípios e valores que professam. Conversando com empregados, antigos funcionários e clientes, eles confirmaram que essas empresas lutam ativa e agressivamente para agir segundo essas convicções. Como afirma o ditado, “Falar não custa nada”. É fácil dizer que você acredita em algo, porém, é difícil corroborar isso com ações, especialmente quando transigir é mais conveniente. A Bíblia apresenta textos que mostram a importância de alinhar as palavras às ações. Eis alguns exemplos:

Nossas palavras falam por si. Sob estresse e pressão de prazos fatais e do cotidiano dos negócios é fácil se expressar com aspereza ou irritação. Precisamos aprender a medir nossas palavras e usá-las com parcimônia, tendo consciência que o que dizemos como líderes é transmitido a outras pessoas. “E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros” (II Timóteo 2.2).

Se formos eficazes, nossos liderados imitarão nossas palavras e ações. Gostemos ou não, estamos sendo observados, servindo de exemplo a ser seguido por outros. A desculpa, “Faça o que eu digo e não o que eu faço”, é completamente inválida para quem ocupa lugar de liderança. “Ponham em prática tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim...” (Filipenses 4.9).

Aspirar à liderança exige capacitação para satisfazer elevados padrões e qualidades. A Bíblia estabelece padrões para líderes da igreja. Mas o mesmo princípio de comportamento exemplar se aplica ao mundo profissional e empresarial. “Se alguém deseja ser bispo, deseja uma nobre função. É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, moderado, sensato, respeitável”

(I Timóteo 3.1-2).

Se quiser ser líder, você tem a obrigação de assegurar-se de que “faz o que fala.”



Próxima semana tem mais!


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Texto de Robert J. Tamasy, vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Georgia, USA. Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros.Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com)

MANÁ DA SEGUNDA® é uma refelxão semanal do CBMC - Conecting Business and Marketplace to Christ, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2008 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL - E-mail: liong@cbmc.org.br Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e japonês.
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