Maná da Segunda

Maná de Segunda -> O Princípio do Maior e Melhor Uso



Por Ken Korkow

Quando trabalhava no mercado imobiliário, uma das abordagens que usávamos para avaliar o valor de uma propriedade recebia o nome de “maior e melhor uso”. Se alguém chegasse e me dissesse: “Herdei 160 acres. Por favor, diga-me quanto isso vale?”, eu lhe perguntaria: “Onde a área está localizada? Para que está sendo usada neste momento? Para o que está sendo usada a terra adjacente a ela?”



Se a área estivesse no meio de Nebraska, fosse plana, com bom solo, bastante água, eu diria que a propriedade valeria milhares de dólares por hectare. Entretanto, se estivesse localizada próxima ao nosso rancho em Dakota do Sul, com solo pobre, montes de pedras, terreno montanhoso, não sendo o habitat de nenhuma vida selvagem, com índice de chuvas anuais baixo, valeria apenas algumas centenas de dólares por hectare. Mas se acontecesse dos 160 hectares estarem situados no centro de Dallas, no Texas, cada um dos seus 4.047 m2 por hectare valeria uma fabulosa soma de dinheiro.



Apliquemos este princípio de avaliação à nossa própria vida. Qual o maior e melhor uso para ela? Vale a pena fazer essa consideração, mas nem sempre é fácil determinar a resposta. Por exemplo, você pode apreciar jogar golfe, mas se nunca melhora seu número de tacadas, dedicar-se para ser jogador profissional não parece sábio. Fotografar pode ser um hobby que lhe dê prazer, mas se você não tem habilidades técnicas ou talentos artísticos, provavelmente não deve tentar fazer carreira em fotografia.



Olhando para minha própria vida, concluí que duas coisas fiz com naturalidade: lutar na guerra (servi como combatente no Vietnã) e ganhar muito dinheiro vendendo fazendas e ranchos. Mas já não faço nenhuma das duas coisas, porque cheguei à conclusão de que não eram o maior e melhor uso para minha vida.



Não faz muito tempo li uma afirmação que me levou a pensar sobre isso: “Veja o incrível desperdício que Deus faz com Seus santos, de acordo com o julgamento do mundo. Parece que Deus planta Seus santos nos lugares mais desnecessários. E então dizemos: ‘Deus quer que eu esteja aqui porque sou muito útil para Ele’. Contudo, Jesus jamais mediu Sua vida por onde Ele era mais útil. Deus coloca Seus santos onde eles promoverão maior glória para Ele, e nós somos totalmente ineptos para julgar onde seria esse lugar” – Oswald Chambers, em “O Máximo de Mim Para Sua Exaltação”.



Durante Seu tempo na Terra, Jesus possuía muitos talentos e habilidades, mas eles não determinaram o que Ele fez com a Sua vida. Ao contrário, Sua motivação primeira foi “conhecer e obedecer a vontade do Pai” (João 5.30; 6.38-40; 15.10; Marcos 12.28-30).



Lutei com a pergunta: “Qual o melhor e maior uso para minha vida?” Determinei que minha mais elevada vocação é aprender a conhecer Cristo mais intimamente e deixar intencionalmente que Ele viva em mim. Em minha opinião nada mais chega nem remotamente perto disso. E nada mais é mais empolgante e recompensador!



E você, tem a visão eterna que incendeia sua paixão na Terra? Todos temos responsabilidades diárias no trabalho, mas até mesmo elas deveriam ser vistas em termos de eternidade. Em Efésios 2.10 está escrito: “Pois foi Deus quem nos fez o que somos agora; em nossa união com Cristo Jesus Ele nos criou para que fizéssemos as boas obras que Ele já havia preparado para nós”.



Você está consciente das “boas obras” que Deus preparou para você fazer?


Próxima semana tem mais!

Texto de autoria de Ken Korkow, que vive em Omaha, Nebraska, U.S.A., onde serve como diretor regional da CBMC. Este texto foi adaptado da coluna “Fax of Life”, que ele escreve semanalmente. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com)



Questões Para Reflexão ou Discussão

1. Você está familiarizado com o conceito de “maior e melhor uso”? Se não trabalha na área imobiliária, existe um equivalente no seu campo de experiência? O que essa frase significa para você?

2. Já pensou em perguntar-se qual o maior e melhor uso para sua vida? Qual foi sua conclusão? Se ainda não o fez, que resposta daria a alguém que lhe fizesse essa pergunta?

3. O autor afirma que sua resposta a essa pergunta gira em torno de seu relacionamento com Deus. Como você reage a esse ponto de vista?

4. Como você compreende a citação de Oswald Chambers sobre o “desperdício de Deus de Seus santos”? Isso soa verdadeiro para você? Você já pensou na possibilidade de Deus considerar como “maior uso” o que é drasticamente diferente da perspectiva pragmática humana?

MANÁ DA SEGUNDA® é uma refelxão semanal do CBMC - Conecting Business and Marketplace to Christ, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2009 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL
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