Maná da Segunda

Maná da Segunda: Recursos Para Nossa Fraqueza



Dr. Richard Halverson


"Ele foi levado pela fraqueza!" Quando foi a última vez que ouviu alguém dizer isso - se é que já ouviu? Se não ouviu não é surpresa alguma, porque isso não faz sentido num mundo em que gerenciamos nossas carreiras. É contrário ao senso comum do humanismo e do raciocínio humano. Mas é a razão porque devemos pensar nisso. Este não é o modelo do mundo, mas é a proposta do cristianismo.



. Adorando no altar do poder. É típico em nossa cultura colocar força e poder em tronos, prestando-lhes grande reverência. Alguém com poder, presidente ou alto executivo, influente no mundo dos negócios, celebridade ou líder civil persuasivo, é admirado, colocado em posição de destaque e se torna motivo de adulação. Como resultado, lutamos por poder e fugimos da fraqueza.



. Humanismo impõe liderança pela força. A sabedoria comum nos instiga a reduzir os riscos a zero. Para evitar comprometer uma posição de poder, somos aconselhados a não nos aventurar até que os resultados desejados estejam virtualmente garantidos. É o melhor que alguém pode fazer sem auxílio de Deus. Por causa do nosso orgulho por realizações, nossa confiança em nós mesmos, nossa sabedoria e força, nós nos privamos do suporte divino e dos recursos prontamente disponíveis de Deus.



. Em sua soberba o homem não reconhece suas necessidades. Simplesmente não permitimos que Deus nos socorra. Feriria demais o nosso orgulho admitir que nossas forças e recursos pessoais são inadequados. Assim, ignoramos Deus, determinados a obter nossos objetivos e desejos de nosso jeito. Isto é compreensível para aqueles que nem tentam fingir terem fé em Jesus Cristo. O incrédulo que não conhece Deus, não tem ninguém em quem confiar a não ser em si mesmo e em outros homens. Todavia, a recusa em pedir auxílio a Deus é indesculpável para quem crê Nele. Que tragédia quando um(a) seguidor(a) de Cristo abandona o Seu caminho em troca do caminho do humanismo:

Quando se recusa a ser vulnerável.
Quando em relacionamentos estreitos, no lar, no trabalho ou mesmo na igreja, não se permite correr riscos.
Quando mobiliza argumentos, controla diálogos e refina os ataques para se assegurar de abordar os outros a partir de uma posição de força.
Entretanto, mesmo numa leitura casual, a Bíblia deixa claro que o caminho de Deus é o caminho da fraqueza. Em todas as Escrituras, qualquer que seja nossa profissão ou vocação, somos desafiados a andar em fraqueza – a andar por fé!



. Somente Deus é suficiente. “Roguei ao Senhor... mas Ele me disse: ‘Minha graça é suficiente para você, pois o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza’. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas” (II Coríntios 12.8-10).



. O que promove o desenvolvimento de fronteiras espirituais é a necessidade. Jesus ensina:“Sem Mim, vocês não podem fazer coisa alguma” (João 15.5). Em nossa cultura, pessoas fortes não admitem fraqueza, embora a sintam. Não lhes é permitido admitir que são vulneráveis, mas sabem que são. A palavra de ordem é poder e a falta de poder é inaceitável. Assim, vivemos como se tivéssemos que ser infalíveis e a pressão da perpetuação dessa ilusão é debilitante e destrutiva.



Que Deus nos perdoe tamanha hipocrisia! Que Ele nos salve dessa incipiente escravidão e nos liberte para que sejamos nós mesmos! Que Ele nos ajude a aceitar a possibilidade de que o reconhecimento da fraqueza e inadequação possam abrir a porta para as possibilidades divinas que vão além do nosso melhor raciocínio humano!



Próxima semana tem mais!


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O falecido Dr. Richard Halverson foi durante muitos anos capelão no Senado dos Estados Unidos. Este texto é uma adaptação de uma breve mensagem que ele apresentou da tribuna do Senado em 13/03/1984. Mais de duas décadas depois, seus pensamentos ainda soam verdadeiros. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes.


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