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Mensagem do dia 11 -> A dignidade e os limites do trabalho



Leitura: 1 Timóteo 6.3-5 e Atos 8.18-23

... aqueles que têm a mente corrompida e que são privados da verdade... pensam que a piedade é fonte de lucro. (1Tm 6.5)

A fé cristã se espalhou como pólvora pelo Império Romano, a partir das pessoas simples, das cozinhas e das oficinas. Ela trouxe dignidade e vida para os servos e menosprezados. Eles agora se sentiam gente. Descobriam que o Senhor, que por eles morrera numa cruz, já não os chamava de servos. Que na casa de Deus, eles eram chamados de filhos, de amigos e de irmãos. Não mudava a questão da hierarquia a ser respeitada, mas o tratamento era outro. Servos e senhores foram se rendendo ao amor anunciado por Jesus, e isso acabou ajudando a abalar o grande e virtuoso império.
Foi então que o império enfraquecido cooptou a igreja. O imperador Constantino a tornou governo. E aquela fé cristã, antes robusta e vigorosa, passou a governar e a mandar em coisas que não lhe diziam respeito. O filho de Constantino, Teodósio, decretou a conversão de todo o império, e a partir daí, cristianizou-se o mundo ocidental. A igreja caiu na sedução do mágico Simão. Fez da fé um negócio. Escravizava e fazia de tudo para expandir um reino que já não era mais de Deus, mas dela própria. Vendia bênçãos, e vendia até o perdão de Deus. Valia tudo, até recuperar conceitos da Idade Antiga, como o de que o trabalho é maldito, é para escravos, e não para homens livres. Dessa forma, a fé cristã veio para a América, subjugou e cometeu atrocidades em nome de Deus. Mesmo que a Reforma tenha reconduzido a igreja ao evangelho e à Palavra, ainda hoje colhemos muitos frutos amargos do casamento entre igreja e Estado, entre a fé e o poder!

Oração: Deus, livra-nos da sedução de Simão, que continua aí, sempre presente. Livra-nos de fazermos negócios com a fé!

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