Reflexão

Atitude – Vivendo o Evangelho



Quero continuar meditando no aspecto mais prático possível do evangelho. O egoísmo pode ser claramente entendido como vontade, interesse ou desejo de me satisfazer (na minha vontade) antes ou acima de qualquer outro interesse. Nada é mais importante do que EU. Percebemos isso em coisas grosseiras e bem óbvias, mas para estas não precisamos de muita ajuda. Vamos olhar para as miudezas.

Quem pega o bife maior? O que acontece quando o vendedor cobra menos que o valor correto? Quem diz a última palavra numa discussão? Quem toma banho primeiro? Quem escolhe o almoço? Pequenos esforços, grandes resultados. Na lista dos pequenos egoísmos ainda temos coisas cotidianas como: sempre ter razão, não deixar os outros falarem (síndrome da idolatria da própria voz), isolar-se atrás de um “APP” e tantas “coisinhas”. Existe ainda um egoísmo disfarçado de humildade, incompatível com o evangelho de Cristo, que se manifesta, por exemplo, não assumindo responsabilidades, fugindo de acertos e ajustes, não encarando suas responsabilidades e pasme – deixando inacabado o que começou (egoísmo simples, na verdade, pois valoriza mais se sentir bem do que honrar o que começou).

Outra atitude que denota o poder transformador do evangelho é o materialismo. Coisas enormes, de novo, são fáceis de notar, mas nem tudo é tão grande. Perder dinheiro estressa mais do que ficar doente? Quando bate o carro fica preocupado com os feridos ou com os danos no carro? Se alguém passar mal fica doido por que vomitou no tapete? Quando suja uma roupa cara fica estressado? Briga por moedas de troco? Sinais de um materialismo enrustido, ou nem tanto, que denotam que esse mundo pesa na escala de valores. Para alguém que está de passagem para uma morada eterna em outro mundo, isso não deveria ter espaço. Isso também é certeza de salvação.

A cura para isso e outras mazelas mal disfarçadas se chama atitude. É acordar cedo, respirar fundo, louvar a Deus por ter acordado (vivo), agradecer pelos desafios que virão e pelas vitórias que trarão e enfrentá-los. Atitude, decisão, força de vontade (popularmente chamamos de pegada). Ingredientes esquecidos num mundo isolado, digitalizado, de relacionamentos esfriando. Quem liga para um espirro? Pois saiba que nossa vida neste mundo por longa que pareça, perto da eternidade, é menos do que um espirro, menos que um suspiro, menos uma piscada. Viver o evangelho é entender isso e tomar atitude nessa direção. É se livrar desses egoísmos aloprados e desenvolver um dos dons espirituais menos valorizados na nossa geração: domínio próprio.

Quero terminar relembrando: o evangelho não é uma ação ou conjunto de regras, é um estilo.

 Mário Fernandez

ICHTUS
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