Reflexão

O matrimônio é o jardim mais querido de Deus (Lutero)



Então, respondeu Jesus: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Mt 19:4-6

O matrimônio, antes de ser uma relação fundada no amor mútuo, é mandamento e ordem de Deus. Há muitos que partem da premissa, do fundamento, que matrimônio é amor mútuo. Daí pensam, quando não houver mais amor, está acabado o matrimônio. O matrimônio tem a ver com fidelidade e obediência dos cônjuges a Deus. Ninguém deveria procurar o matrimônio, sem primeiro refletir seu compromisso com Deus e seu mandado. É a ordem e o mandado do matrimônio, vindo de Deus, que devem assegurar o amor mútuo. O inverso é falência e divórcio sempre, bastando apenas a “dureza de coração” se instalar, insensibilizando cônjuges no amor mútuo (Mt 19:8). O matrimônio como intenção de Deus, tem a força e dignidade divina, por isso superior a tudo que pessoas humanas possam imaginar e querer. O amor mútuo, no matrimônio, faz o casal ver apenas a si mesmo. Porém, a intenção, a força e dignidade de Deus, no matrimônio, faz com que vejamos um elo de bênção na corrente das gerações (cônjuges, filhos, netos, bisnetos – família). Assim, cônjuges vão ao altar, perante Deus para buscar a “Bênção Matrimonial”. No matrimônio, Deus pronuncia a sua bênção sobre as gerações, nele os cônjuges participam da atividade criadora e permanente da vida e da paz no mundo a partir de Deus. Assim, não é primeiro, o amor que faz sustentar o matrimônio, mas o matrimônio sustenta o amor um pelo outro, como intenção da vontade de Deus, obedecida e comprometida em Jesus Cristo.

Jesus reforça, em seu Evangelho, o matrimônio como mandado de Deus ao ser humano (relação de vida, experiência e auxílio mútuo entre homem e mulher), apesar de muitos personagens bíblicos serem exemplos negativos na constituição do matrimônio, veja Abraão, Jacó (Israel), Davi, Salomão. Jesus ensina, além do matrimônio ser mandamento divino, que há necessidade de se velar sobre a tendente “dureza de nosso coração humano”, que extingue o amor e o sentimento mútuo. O matrimônio deixa de ser “ninho quente” de vida, esperança e bênção de Deus, quando o casal, não somente perde a reverência de Deus dentro dele, mas quando o coração dos dois se torna insensível de um para com o outro.

Assim, aprendemos como Deus verte sua intenção e bênção de vida no matrimônio dos cônjuges, como, em família, gerações são abençoadas. Aprendemos que o divórcio se instala pela insensibilidade (dureza do coração) de seus cônjuges, e por último Jesus alerta que ninguém ouse separar um casal, quando este Deus uniu, pois estes estão debaixo da vontade de Deus. Quem separa um casal, corrompe a vontade de Deus na terra (Releia Mt 19:1-12)!

Que cônjuges reverenciem, na oração e no conhecimento da vontade de Deus, a presença de Deus em seus lares e que a família seja sempre a primeira experiência de amor mútuo e coração aberto, para que filhos sejam estandarte permanente, geração eleita, para paz, alegria e esperança no mundo!

É meu sincero voto, em Cristo Jesus.

Pr.Edgar Leschewitz

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