Reflexão

Pagar Impostos



“Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.” (Romanos 13:7 ARA)

A maioria das pessoas realmente não gosta de pagar imposto. O problema é pagar sobre valores que não são exatamente “enriquecedores”, o que com certeza faz falta. Tem ainda o problema do retorno, no mínimo questionável. Pagamos pedágio nas estradas, plano de saúde para ter atendimento melhor, educação particular, alarme monitorado para ter mais segurança. Cada escândalo político que a mídia mostra nos deixa com menos vontade de pagar imposto.

Mas a Bíblia não estabelece este discernimento e nos manda pagar a cada um o que é devido. Não podemos pegar um versículo como este e retalhar fazendo dele um Frankenstein segundo nossa conveniência. E a situação do pagamento dos impostos na época em que este verso foi escrito, provavelmente era ainda pior e mais cruel do que hoje. O que devemos fazer então? Pagar a contragosto, por obediência?

Se não pagamos o tributo ou imposto, não fará sentido pagar respeito e honra. Se não pagarmos isso além de sermos desobedientes, no devido tempo não colheremos por não termos plantado. Nem sempre vai ser agradável obedecer, mas sempre vai produzir frutos de justiça diante do Senhor.

O que um povo pacífico e ordeiro como o povo de Deus pode fazer então? Pagar calado como cordeiros indo para o matadouro? Eu não creio assim.

Creio que nosso papel é influenciar os governantes, eleger nossos candidatos, protestar legalmente e promover mudanças sociais dentro da lei para que os impostos sejam melhor distribuídos. Ou pelo menos que os valores que pagamos revertam em nosso benefício. No meu caso gasto 15% do meus ganhos com saúde e mais de 15% com educação para meus dois filhos. Eu pagaria 5% a mais de imposto se tivesse educação pública do mesmo nível e ainda me restaria um bom ganho.

Como fazer isso em meio a uma geração corrupta e de moral decadente? Sendo sal e sendo luz. Pregando um evangelho praticável e de efeitos visíveis. Quem sabe podemos fazer um pouco menos de show e um pouco mais de ação social e de outras ações diretas.

É um desafio e tanto.

“Pai, não quero ser desobediente mas também não quero ser indiferente à injustiça. Ensina-me como agir para ser relevante na minha geração.”

Mário Fernandez


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