Em 2023, São José dos Pinhais registrou 82 acidentes por animais peçonhentos. Confira dicas de prevenção!
21-11-2023 13:41
Foto: Silvio Ramos / Prefeitura de São José dos Pinhais
Acidentes por animais peçonhentos/venenosos, como aranhas, serpentes e escorpiões, podem causar sérios problemas à saúde e até mesmo levar ao óbito. Em 2023, de janeiro até novembro, de acordo com informações da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde (Sems) de São José dos Pinhais, foram registrados 82 casos de munícipes que sofreram algum tipo de acidente causado por esses animais.
Do total de notificações, 62 foram por causa de picadas de aranhas e foi necessária a utilização de soroterapia em 7 casos. A maioria dos casos está relacionada à picadas de aranha-marrom, que correspondem a 48 de registros no município.
Também foram registrados 7 casos com lagartas, 4 com abelhas e 7 com outros animais peçonhentos/venenosos. Em relação a serpentes, foram registradas duas situações, que ocorreram na área rural do município. Esses casos são considerados como acidentes graves e precisam de atendimento com urgência para administração de soroterapia.
Segundo a Divisão de Vigilância Epidemiológica, 60 casos foram classificados como leve, 17 como moderado e 5 como grave. “Em casos de pacientes que sejam picados por animais peçonhentos e venenosos, é recomendado que procurem as unidades de saúde do município, principalmente as Unidades de Pronto Atendimento, tanto a UPA Afonso Pena quanto a UPA Rui Barbosa, para que seja feita a correta avaliação médica e administração de soroterapia se necessário”, orienta a enfermeira da Divisão Epidemiológica de São José dos Pinhais, Helenice Mendes de Lima.
O que fazer em caso de acidente com animais peçonhentos/venenosos?
Mantenha a vítima calma;
Não esprema nem sugue o local da picada;
Lave o local com água e sabão;
Leve a vítima o mais rápido possível para a Unidade de Saúde mais próxima;
Se possível, leve o animal (vivo ou morto) dentro de um pote com tampa, isso facilita a identificação para avaliar a necessidade de administração do soro para tratar a vítima.
Dicas para se proteger de possíveis acidentes:
usar calçados/botas de cano alto e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;
examinar calçados, roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las;
afastar camas das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários;
não acumular entulhos e materiais de construção;
limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede;
vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés;
utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos;
manter limpos os locais próximos das casas (jardins, quintais, paióis e celeiros);
evitar plantas como trepadeiras e bananeiras junto às casas e manter a grama sempre cortada;
limpar terrenos baldios, pelo menos na faixa de um a dois metros junto ao muro ou cercas.
(Fonte: Secretaria de Estado da Saúde do Paraná – SESA/PR).
Soroterapia em casos de picada de aranha marrom
A lesão por picada de aranha marrom causa coceira e pouca dor. É importante iniciar o tratamento o quanto antes, para evitar a necrose tecidual. A eficácia da soroterapia é reduzida após 36 horas da inoculação do veneno. No Brasil, as recomendações para utilização da soroterapia dependem da classificação de gravidade:
Casos leves devem receber tratamento sintomático e acompanhamento até 72 horas após a picada.
Casos moderados devem receber tratamento com soroterapia associado a corticoide.
Casos graves devem receber tratamento com soroterapia, sempre associados a corticoide. Para as manifestações sistêmicas graves deve ser realizado transfusão de sangue ou concentrado de hemácias nos casos de anemia intensa e manejo da insuficiência renal aguda, se necessário.
Publicado: Comunicação Social da Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais