Cultura

Museu Oscar Niemeyer abre mostra Argentina de Arte Contemporânea
06-06-2007 17:07

O governador Roberto Requião e a presidente do Museu Oscar Niemeyer (MON), Maristela Requião, abriram na noite de terça-feira (05) a exposição Coleção Argentina de Arte Contemporânea, com 129 obras do acervo particular dos colecionadores Alberto Elía e Mario Robirosa. A mostra reúne trabalhos dos principais artistas argentinos entre 1930 e 2006.

Além de Buenos Aires e de algumas cidades da Argentina, Curitiba é a primeira fora daquele país a receber a exposição. “Para nós, é um privilégio apresentar esses trabalhos. São obras significativas que mostram momentos importantes da história da Argentina e, ao mesmo tempo, revelam a perseverança de dois entusiastas pelas artes plásticas”, afirmou Maristela Requião, referindo-se aos colecionadores Elía e Robirosa. “O sucesso desta coleção está na diversidade de tendências e escolas e porque eles apostaram em jovens artistas”.

Além dos dois colecionadores, vieram a Curitiba para a abertura da exposição, três dos artistas que têm trabalhos expostos: Lorena Guzmán, Gabriel Grün e Christian Prunello. Para eles, esta é a primeira oportunidade de mostrar seus trabalhos para o público brasileiro, embora todos já tenham participado de mostras na Espanha e Inglaterra. “Estamos com muita expectativa porque o público brasileiro é exigente e gosta muito de cultura”, declarou Lorena.

Segundo Alberto Elía, a escolha das obras para a mostra seguiu critérios puramente emocionais. “A coleção que está em Curitiba é parte do nosso acervo particular, composto por 200 obras, reunidas nos últimos 30 anos, e, por isso mesmo, há muita história em cada uma das peças”, afirma o ex-diplomata.

Entre os artistas expostos no MON estão Fernando Cánovas, Marcia Schvartz, Maggie de Koenigsberg, Daniel Ciancio, Hernán Dompé, Fermín Eguía, Gustavo Piñero e Pablo Suarez. As peças são em tela, bronze, gesso, papel, madeira, metal, papel vegetal e fotografia. O quadro mais antigo é Boxeador, em óleo sobre tela de Jorge Larco, pintado em 1930 e o símbolo da coleção.

Fundação – Elía é formado em Ciência Política e deu uma guinada na vida ao comprar, junto com Robirosa, no fim dos anos 70, um imóvel em Buenos Aires para criar a Galeria Elía-Robirosa. Em 1990, a galeria se transformou na Fundação Alberto Elía-Mario Robirosa e continuou sendo ponto de convivência de jovens artistas e nomes consagrados das artes plásticas daquele país.

Robirosa conta que muitas das obras já foram expostas na Galeria ou na Fundação. “Temos muito cuidado com todas as peças. Elas estão guardadas em um galpão devidamente adaptado para manter quadros e esculturas em perfeitas condições”.

Desde o início da Galeria, os dois se dedicam a comprar obras ou a patrocinar os artistas, muitas vezes fornecendo pincéis, tintas e telas. A decisão dos colecionadores foi por obras voltadas para a pintura e à escultura, que estavam desvalorizadas pelos movimentos dos anos 60 e 70 em várias partes do mundo.

A variedade desta coleção revela aspectos da história da Argentina, como o período de ditadura pelo qual o país passou entre 1976 a 1983, período difícil para a comercialização de obras de arte porque os compradores queriam apenas nomes reconhecidos.

Serviço
Coleção de Arte Contemporânea Argentina – Coleção Elía-Robirosa
Museu Oscar Niemeyer
Aberto ao público até 9 de setembro

Agência Estadual de Notícias
Foto: José Adair Gomercindo-SECS-MON
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