Economia

Emprego na América Latina é insuficiente e com baixos salários, aponta Cepal
21-10-2006 15:00

Aloisio Milani e Paulo Machado
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O crescimento econômico latino-americano recente, que foi um dos maiores dos últimos 25 anos, gerou aumento do número de trabalhadores empregados com carteira assinada. A taxa de desemprego diminuiu mais de um ponto percentual, caindo para 9,1%, o menor nível observado desde o início dos anos 1990. Contudo, o aumento ainda é insuficiente, porque cerca de 18 milhões de pessoas estão desempregadas na região.

Segundo o relatório anual da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) e a análise do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), pelo terceiro ano seguido houve um expressivo aumento na taxa de ocupação que atingiu 53,6% da população em idade ativa em 2005. Mas isso representa que quase metade da população em idade economicamente ativa está desempregada ou trabalhando informalmente.

A pesquisa “Estudio Económico de América Latina y el Caribe 2005-2006” mostra uma alta proporção dos novos postos de trabalho é de baixos salários e tem-se observado um incremento dos contratos temporários de curto prazo no setor formal. Por isso, de acordo com a análise do Iedi sobre a pesquisa, a reativação do mercado de trabalho não se traduziu em 2005 em elevação significativa dos salários reais, que cresceram modestos 0,5%. Ou seja, o crescimento da economia não corresponde ao crescimento dos salários reais.

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