Economia

Governador pede urgência na votação do salário regional
04-04-2006 14:11

O governador Roberto Requião pediu nesta segunda-feira (3) o apoio dos prefeitos e aos deputados estaduais urgência na votação do projeto de lei que cria pisos salariais mínimos no Paraná. Os pisos variam, conforme as categorias, entre R$ 427,00 e 437,80. O salário mínimo estadual será aplicado a categorias que não têm dissídio ou acordo coletivo de trabalho, como, por exemplo, a das empregadas domésticas, e vai atender cerca de 390 mil trabalhadores.

O projeto foi enviado em fevereiro e apesar de tramitar em regime de urgência ainda não entrou na pauta de votação da Assembléia Legislativa. “Eu estou pedindo aos prefeitos o apoio ao aumento do salário mínimo do Paraná. O salário mínimo brasileiro leva em consideração o salário do Piauí, de Estados muito pobres e nós não somos tão pobres assim”, disse Requião. Ele explicou que durante os últimos três anos o Governo do Estado ofereceu contrapartidas às empresas paranaenses. Elas receberam isenções de impostos, e hoje das 165 mil empresas, 130 mil delas não pagam qualquer imposto estadual e 35 mil pagam entre 2% e 2,5% sobre a arrecadação.

“Agora nesse momento de crise, crise na agricultura, crise na produção de frango, estou pedindo à Assembléia Legislativa que vote o salário mínimo que varia de R$ 427,00 a R$ 437,00. Isso para aumentar o poder aquisitivo do povo do Paraná para que coma mais frango, mais carne, para que gaste mais e mexa na nossa economia, neste momento de dificuldade”, defende Requião.

O governador disse encontrar certa resistência da Assembléia Legislativa e de parte de setores empresariais. “Isso tem que ser superado com inteligência, com racionalidade. Eu estou propondo melhorias para todos. O giro da economia, o círculo virtuoso, da compra, do lucro, das pessoas com capacidade de consumo. Que não prevaleça a mediocridade do massacre dos trabalhadores. Quando eu mandei a medida a favor dos empresários, a Assembléia aprovou em 48 horas. Que façam o mesmo com o salário do nosso povo e da nossa gente”, propôs Requião.
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