Educação

Cerca de 1,4 milhão de estudantes começam as aulas nesta segunda
12-02-2007 17:05

Aproximadamente 64 mil professores e 1,4 milhão de alunos da Rede Estadual de Ensino do Paraná, incluindo todos os níveis do ensino básico, voltaram às aulas nesta segunda-feira (12). Pela primeira vez, todos os 450 mil estudantes do ensino médio vão estudar com o livro didático público, criado e produzido por professores do Paraná.

Só no ensino fundamental, foram feitas 761.168 matrículas, até a última sexta-feira (09). Destas, 733.592 foram para turmas de 5.ª a 8.ª série, e 27.576, para as de 1.ª a 4.ª série. Já no ensino médio, cerca de 450 mil matrículas devem ser concluídas, incluindo o ensino profissionalizante, ensino médio regular, educação de jovens e adultos e educação especial.

Conforme o departamento de infra-estrutura da Secretaria de Estado da Educação, o primeiro turno das aulas (período da manhã), transcorreu normalmente, tanto na questão de ensalamento dos alunos, como em outros procedimentos peculiares ao início das aulas.

Expectativa – Para o ensino médio, o primeiro dia de aula foi aguardado com muita expectativa, tanto da parte dos alunos, como dos professores. O motivo é a implantação do Livro Didático Público, que, para o professor de geografia Osnir Souza, sempre foi um sonho. “Todo o professor quer que seus alunos tenham livros para acompanhar as aulas”, afirma.

Souza disse também que é preciso desmistificar algumas considerações a respeito do Livro Didático Público. “Esse livro foi desenvolvido com o objetivo de estimular o interesse do aluno pela pesquisa. Além disso, é necessário o envolvimento do professor, interagindo com os alunos para que o resultado esperado seja satisfatório. O livro foi feito numa perspectiva moderna de se transmitir os conteúdos”, analisa.

Para a aluna Ana Cristina de Lima (1ª série do ensino médio), do Colégio Estadual Lysímaco Ferreira da Costa, a escola pública tem o dever de ofertar ensino de qualidade. “Concluí o ensino fundamental num bom colégio público e espero que, aqui, essa qualidade continue”, diz.

Já o estudante Santicler Schmiet, (2ª série do ensino médio), também do Colégio Lysímaco, disse que, como já estudou no primeiro ano sem livro, estava ansioso para receber o material. “O livro vai facilitar o nosso entendimento das aulas. Assim vamos aproveitar e aprender melhor”, comenta.

O professor de Física Antônio Carlos Vieira espera que este seja um ano de muito proveito na educação do Estado. “O livro não pode ser a única fonte de ensino, mas é, sem dúvida, um grande recurso a nossa disposição”, argumenta.

Livros – São 12 livros para cada aluno e o estudante não precisa devolvê-los à escola ao final do ano e pode continuar aprendendo algo sobre as disciplinas por toda a vida. Assim, fica mais fácil estudar Língua Portuguesa e Literatura, Matemática, História, Filosofia, Química, Biologia, Sociologia, Física, Geografia, Arte, Língua Estrangeira Moderna (Espanhol/Inglês) e Educação Física. O Livro Didático Público estará nas mãos todos os alunos e pode ser consultado também pela internet, com livre acesso no portal da Secretaria de Educação (www.diaadiaeducacao.pr.gov.br).

O secretário de Educação, Maurício Requião, entende que, com acesso direto ao material de estudo, o aluno vai participar mais das aulas. Ele comemora, junto aos educadores, a presença dos livros em todas as salas de aula e lembra que, no passado, os alunos tinham que comprar os livros ou tirar cópias. “Isso dificultava muito o interesse. Além de ter custo alto, alunos e pais arcavam com a obrigação de conseguir o material didático. Isso acabou. O livro está nas mãos dos alunos”, afirma.

Para Maurício Requião, o projeto do Livro Didático Público uniu os esforços do governo no compromisso de produzir um material de alta qualidade e acessível aos alunos. O Livro Didático Público foi lançado oficialmente em dezembro, com a presença do ministro da Educação Fernando Haddad. “É a primeira iniciativa brasileira preocupada em criar e disponibilizar ao domínio público material didático como os livros didáticos do Paraná”. Para ele, a coleção de livros pode ser aproveitada em nível nacional.

Agência Estadual de Notícias
Foto: Roberto Corradini-SECS
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