Educação

Entidades e Sanepar ensinam a preservar o meio ambiente
08-06-2007 17:34

Cerca de 500 alunos do ensino médio e fundamental, além de pessoas da comunidade, passaram pelo Circuito Ambiental instalado às margens do Lago São Luis em Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro, para o Dia Mundial do Meio Ambiente. Informações sobre mata ciliar, coleta seletiva, reciclagem, importância da água tratada, economia de energia e água foram os principais pontos apresentados no evento realizado nesta semana, que envolveu entidades governamentais e não-governamentais, parceiros da Agenda Unificada para as comemorações.

A importância da água e o processo de tratamento foram explicados pelos técnicos da Sanepar durante o Circuito Ambiental. Embora muitos alunos já conheçam os processos e tenham visitado as unidades operacionais da empresa, alguns ficaram surpresos. “Posso tomar água da torneira?” questionou Everton Luiz da Silva. O aluno do 3.º ano do ensino médio do Colégio Estadual Castro Alves disse que tinha receio de beber água, quando notava que saía branca da torneira. Depois de ouvir as explicações do técnico, sorriu e aliviado concluiu: “É o oxigênio, claro! Então podemos tomar água direto da torneira sem problemas.”

Parceria – A Sanepar também esteve presente no evento através da parceria com a Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR) na produção de aquecedores solares a partir de materiais recicláveis. Com apenas R$ 280,00 é possível mudar a história de vida de uma família e poupar os recursos hídricos. O coletor solar com recicláveis é um projeto patenteado por José Alcino de Tubarão (SC), que foi adotado pelo Governo do Paraná para baratear o custo da tecnologia desenvolvida por americanos na década de 80 e viabilizá-la para famílias carentes.

Caixas de leite, garrafas de refrigerantes (tipo PET), um reservatório, cola, tinta, lixa, tubos e conexões recuperados pela Sanepar, são os materiais utilizados pelos alunos do Curso de Tecnologia e Manutenção da UTFPR para obter água em temperatura entre 30º e 40º Celsius. O professor José Carlos Pereira Pinto, coordenador do projeto na instituição, vibra com o invento que, além do cunho social permite economia de energia e das fontes hídricas. “Precisamos divulgar a idéia e mudar o conceito de que o Brasil é o país que desperdiça. Temos aqui, 300 dias de sol – energia térmica gratuita – por ano, por que não avançar na questão da produção de energia que hoje depende dos potenciais hídricos dos nossos rios”, questiona.

Para a gestora ambiental da Sanepar, Zênite Sandra Silva, que articula as parcerias e ações para promover a conscientização da população quanto às questões ambientais, o trabalho socioambiental deve sair da teoria e partir para a prática. “A responsabilidade com a manutenção dos nossos recursos precisa e deve ser dividida com a comunidade. Cabe a nós fomentarmos ações que permitam a preservação do planeta para as futuras gerações”, destaca.

Exemplo - Além do esforço habitual para a conscientização sobre os cuidados com os recursos naturais, a atividade trouxe painéis com ações que já promoveram transformações sociais e ambientais na cidade. “Uma hora as pessoas vão ter que acordar e mudar o que estão fazendo”, afirma Thiago Fernando Mendes, aluno da Escola Estadual André Seugling, onde nasceu o Projeto Museu de Rua da Vila América.

Thiago conta com entusiasmo a pesquisa realizada no bairro, em agosto do ano passado, como um trabalho para a disciplina de História. Ele lembra que foram considerados aspectos ligados à cultura, ambiente, poder e ao trabalho. Entre os pontos levantados, a pesquisa identificou o destino do lixo como o maior problema local. “Havia muito lixo e muito entulho espalhados pela Vila América”, lembra.

O Museu de Rua já promoveu mutirão de limpeza e viabilizou a implantação da coleta seletiva. Iniciativa que deverá formalizar uma ONG e gerar renda para os moradores do bairro. Além disto, o Informativo Escola & Comunidade, que está na sexta edição mensal, se firma como um veículo que traz para perto questões ambientais discutidas mundialmente, especialmente a importância reciclagem.

Novo Parceiro - A Associação dos Distribuidores Agroquímicos do Norte Paranaenses (Adan) participa pela primeira vez de uma atividade integrada ligada ao meio ambiente. Segundo o responsável técnico da entidade, o engenheiro agrônomo Rodolfo Albino Filho, a parceria deve dar muitos outros frutos.

Engajados na coleta e transformação de embalagens de agrotóxicos, a Adan – que representa 60 estabelecimentos do Norte Velho e Novo - envia para empresas recicladoras mais de 13 toneladas mensais de material como papelão, pead, coex e PP-polipropileno que poderiam contaminar nascentes.

Também são parceiros da Agenda Unificada: Sema, IAP, Seab, Seed, Emater, Prefeitura Municipal, Vigilância Sanitária, secretarias municipais de Meio Ambiente, Educação e Turismo, Câmara de Vereadores, faculdades Cristo Rei e de Filosofia de Cornélio Procópio.


Agência Estadual de Notícias
Foto:Giovanna Galleli
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