Educação

Lula reafirma em São Paulo que recurso aplicado na educação é investimento e não gasto
04-06-2006 12:07

Cecília Jorge e Juliana Andrade
Repórteres da Agência Brasil
Foto: Ricardo Stuckert/Pr

Brasília – Ao participar da cerimônia de inauguração do novo centro do Consórcio Social da Juventude do Grande ABC, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a abertura de uma universidade federal na região é um projeto que nasceu da época em que era sindicalista. "Ainda quando dirigente sindical, na década de 70, não me conformava de ser a região do ABC uma das mais ricas do país e a gente não tinha uma universidade federal", comentou. A região do Grande ABC é formada pelos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires.

"A impressão que eu tinha era que éramos castigados porque ganhávamos um pouco mais do que a média dos trabalhadores brasileiros", acrescentou. Lula destacou que a universidade começará a funcionar em setembro e serão oferecidas 1,5 mil vagas.

Lula reafirmou que os recursos destinados à educação são vistos em seu governo como investimento. "A gente gasta quando tem que construir uma cela numa prisão, educação é investimento porque é profissão, é sabedoria, é inteligência. E cada jovem que a gente formar, depois de quatro anos ele retribuirá, quem sabe em pouco tempo, quatro ou cinco vezes o que foi investido para a sua formação", defendeu.

Para a contratação dos 120 professores da Universidade do ABC, o presidente lembrou que foi exigida formação mínima de doutorado. "Para dar aula aqui não basta ser professor, tem que ser professor-doutor, porque vai ser uma universidade de muita qualidade, uma universidade de ponta, sobretudo uma universidade tecnológica", disse.

Segundo o Lula, apesar de São Paulo ser o estado mais rico do país, 82% dos universitários estudam em instituições particulares. Além da criação da Universidade do ABC, ele destacou que a ampliação de vagas gratuitas também tem sido feita através do Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsa de estudos em faculdades privadas. Apenas em São Paulo cerca de 64 mil estudantes são beneficiados pelo ProUni, sendo 40% deles afrodescendentes e 1,87% indígenas.

Em todo o país, o ProUni atende cerca de 204 mil jovens. De acordo com o presidente, o programa deve atender mais 46 mil estudantes a partir deste mês. Como parte da ampliação do ensino superior, Lula citou ainda a criação de quatro novas universidades federais, a transformação de seis faculdades em universidades e a abertura de 43 novas extensões universitárias, até o final do governo. A previsão é de que sejam criadas também 32 escolas técnicas profissionalizantes.

Lula reafirmou que os recursos destinados à educação são vistos em seu governo como investimento. "A gente gasta quando tem que construir uma cela numa prisão, educação é investimento porque é profissão, é sabedoria, é inteligência. E cada jovem que a gente formar, depois de quatro anos ele retribuirá, quem sabe em pouco tempo, quatro ou cinco vezes o que foi investido para a sua formação", defendeu.
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