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Bancários de 24 estados e do DF iniciam greve por tempo indeterminado
29-09-2010 12:58

Curitiba – Bancários do Paraná, de mais 23 estados e do Distrito Federal iniciaram hoje (29) uma greve por tempo indeterminado. A paralisação foi aprovada na noite de ontem (28), em assembleias da categoria realizadas em todo o país. Em Curitiba, segundo o Sindicato dos Bancários, cerca de 1,2 mil trabalhadores participaram da avaliação da proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para deliberar sobre os rumos da Campanha Nacional dos Bancários 2010.

A proposta de reajuste que contempla a reposição da inflação (4,29%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC) foi rejeitada por unanimidade. No Paraná, apenas o sindicato de Arapoti e região não votou pela paralisação, mas os trabalhadores decidiram permanecer estado de greve.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Otávio Dias, considerou desrespeitosa a maneira como os banqueiros vêm conduzindo as negociações. Lembrou que em 2009, em todo o Brasil, 7.222 agências adeririam à mobilização. Segundo ele, a expectativa é que este ano a adesão seja maior.

Em Curitiba devem permanecer fechados os centros administrativos (sedes onde são realizados os serviços internos dos bancos) da Caixa Econômica Federal, do HSBC e Banco do Brasil. Apenas os caixas de autoatendimento funcionarão hoje. A expectativa do sindicato é que a adesão seja total entre os 18,1 mil bancários da capital e região, que trabalham em 446 agências. Em todo o Paraná, há 1.330 agências bancárias, onde trabalham 29,8 mil funcionários.

Neste ano, a categoria busca conquistar um reajuste recorde de 11% (7% de aumento real, mais 4,29% de reposição da inflação medida pelo INPC). As reivindicações dos bancários também incluem um piso salarial de R$ 1,51 mil para portaria, R$ 2,15 mil para escriturário, R$ 2,91 mil para caixas, R$ 3,64 mil para primeiro-comissionado e R$ 4,85 mil para primeiro-gerente.

Os bancários pedem ainda Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil fixos, aumento para um salário mínimo do valor do auxílio-refeição, mais contratações, medidas de proteção à saúde do trabalhador e ao emprego, entre outras reivindicações.


Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
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