Empresa

Copel, a maior empresa do Paraná, completa 55 anos
25-10-2009 11:32

Segunda-feira (26) 55 anos de existência. Motivo de orgulho dos paranaenses pela sua capacidade, arrojo e eficiência, a Copel vem construindo uma história de respeitabilidade empresarial e de competência técnica que, há muito, fizeram dela um referencial dentro do setor elétrico mundial.

Para comemorar a data, cerimônias ecumênicas e missas em ação de graças serão realizadas nas principais cidades do Paraná. Em Curitiba, diretores e empregados da companhia participam de Celebração Ecumênica na Igreja de Nossa Senhora das Dores (a Igreja dos Passarinhos), na Alameda Princesa Izabel, às 8h30 do dia 26.

E seguindo uma prática que se transformou em tradição na Copel, cerca de 1,1 mil empregados serão homenageados ao longo da semana com certificados de tempo de serviço. Receberão a distinção copelianos que ao longo de 2009 completaram 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 e 45 anos de casa.

Integração - Criada em 26 de outubro de 1954 por ato do governador Bento Munhoz da Rocha Netto, a Copel surgiu com a missão de solucionar o crônico problema de escassez de energia elétrica no Paraná, sério obstáculo não só aos projetos de desenvolvimento econômico e social, mas à própria integração territorial do Estado.

Nessa época, o Brasil se via impedido de crescer por falta de eletricidade. Noventa por cento do setor era dominado por companhias privadas e de capital estrangeiro, que por causa da baixa remuneração proporcionada pelas tarifas deixavam de investir em obras de expansão para buscar rentabilidade maior em outras aplicações. Para suprir essa grave deficiência de infra-estrutura, a maior parte dos estados passou a constituir suas próprias empresas de energia elétrica – e assim surgiu a Copel.

Rubens Ghilardi, presidente da companhia, acompanhou de perto boa parte da trajetória da empresa. “Ingressei na Copel em meados da década de 60, época em que ela era pouco conhecida e o sistema elétrico paranaense era apenas um plano ousado, proposto por um técnico arrojado, de notável visão e grande capacidade empreendedora chamado Pedro Viriato Parigot de Souza”, rememora.

Nos quase dez anos em que comandou a Copel, Parigot promoveu a construção de um sistema que tornou o Paraná auto-suficiente em geração de energia e fez da companhia uma empresa grande e reconhecida dentro e fora do Brasil. “Com justiça, a memória dele é reverenciada na Copel, que nele reconhece seu grande artífice, mentor e inspirador”, diz Ghilardi.

Vitalidade - Aos 55 anos de vida, a Copel pratica a menor tarifa de energia elétrica do país, concedendo descontos para quem paga em dia sua conta de luz. Ainda assim, mostra vitalidade suficiente para executar, em 2009, o maior programa de investimentos de sua história. Neste ano, a companhia está destinando recursos de R$ 1,1 bilhão para obras de expansão, modernização e reforço do sistema elétrico paranaense e também do seu sistema de telecomunicações formado por redes de fibras ópticas. Sua grandiosidade é expressada pelo patrimônio líquido de R$ 8,6 bilhões e pelas receitas operacionais, que totalizaram R$ 4,2 bilhões no primeiro semestre deste ano.

Uma situação extremamente sólida e segura, que contrasta de maneira gritante com as condições em que foi encontrada pelo governador Roberto Requião em janeiro de 2003. Esvaziada, sucateada e desmantelada como parte do processo de preparação para a malograda tentativa de sua privatização em 2001, a Copel estava praticamente insolvente, às voltas com o maior prejuízo de sua história (de R$ 320 milhões, em 2002) e asfixiada por contratos lesivos de compra de energia elétrica cara e desnecessária, circunstâncias que não lhe davam perspectiva de sequer conseguir manter-se em atividade até o fim daquele ano.

Saneada, recuperada e reconstruída sob o comando e orientação de Requião, a Copel voltou a registrar indicadores de desempenho técnico, financeiro e de eficiência dignos de uma empresa respeitada e admirada por todos e que sempre foi motivo de orgulho para os paranaenses.

Sistema - Os serviços da Copel cobrem praticamente todo o Paraná, estando presentes em 3 milhões 571 mil unidades consumidoras atendidas diretamente: o percentual de atendimento com energia elétrica à população chega a praticamente 100% dos domicílios nas áreas urbanas e passa de 95% nas regiões rurais. O universo de ligações atendidas inclui 2,8 milhões de lares, 65 mil indústrias, 297 mil estabelecimentos comerciais e 344 mil propriedades rurais.

Para ajudar a suprir todo esse mercado, a Copel construiu, opera e mantém uma estrutura de geração que compreende um parque próprio composto por 18 usinas (17 hidrelétricas e uma termelétrica a carvão), cuja potência instalada totaliza 4.550 MW e que responde pela produção de cerca de 5% de toda eletricidade consumida no Brasil. Adicionalmente, a companhia dispõe de 610 MW de potência em 7 aproveitamentos nos quais detém participação (5 hidrelétricas, uma termelétrica a gás – a de Araucária – e uma central eólica, instalada em Palmas). A interligação elétrica do Estado é feita por um sistema de transmissão com 1,8 mil km de linhas e 31 subestações (todas automatizadas) que operam em tensões maiores que 138 mil volts, e um sistema de subtransmissão e distribuição com 179 mil km de linhas de distribuição – o suficiente para circundar quatro vezes o planeta pela linha do equador – e 343 subestações (341 automatizadas).

Na área de telecomunicações, a empresa opera um sistema de cabos de fibras ópticas de grande capacidade que chega a 200 cidades paranaenses e se estende por 5.528 km no anel principal, mais 7.352 km de radiais urbanos.

Toda essa estrutura é gerenciada, operada e mantida por um quadro de empregados que totalizava, em 30 de junho, 8.527 trabalhadores.
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