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Copel instala equipamento para dar mais agilidade a atendimentos na falta de luz
31-05-2010 19:04

Nova tecnologia aplicada pela Copel dá mais agilidade ao atendimento nos casos de falta de luz, que agora podem ser solucionados por comando digital. Dezenas de chaves, equipamentos da rede elétrica que possibilitam alterar e redirecionar o fluxo de energia elétrica pelos condutores conforme a necessidade, recebem equipamentos de automação e comunicação por fibra óptica. Com isso, tais chaves poderão ser operadas a partir de centrais em Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Cascavel.

Os novos equipamentos também são capazes de indicar o local de eventual anomalia, facilitando o trabalho dos eletricistas e técnicos encarregados dos reparos e agilizando os trabalhos de recomposição da rede. A meta da concessionária é instalar, até o fim deste ano, 361 chaves automatizadas nas principais cidades paranaenses – 117 delas em Curitiba e região, e 61 em cada uma das regiões comandada pelos quatro outros centros de operação. Do total previsto, 32 chaves automatizadas já estão em funcionamento, 22 na região de Londrina e 10 na de Cascavel.

SELEÇÃO – A seleção dos locais para a implantação da novidade é feita de acordo com o número de unidades consumidoras atendidas pelo circuito e, também, levando em conta a possibilidade de interligação desse circuito com alguma outra fonte de alimentação. Assim, no caso de uma anormalidade que cause interrupção no fornecimento de eletricidade, boa parte dos domicílios pode passar a receber energia vinda de um outro circuito da rede. Esse recurso de remanejar cargas por controle remoto só estava disponível, até agora, para grandes operações em subestações. “Na prática, isso resultará em desligamentos de menor duração para a maior parte das unidades consumidoras”, resume o diretor de distribuição da Copel, Vlademir Santo Daleffe.

Ele explica que no sistema operado pela empresa, cada circuito alimentador atende em média a cerca de 5 mil ligações. No caso de uma pane que desligue o circuito, todas as unidades consumidoras são instantaneamente afetadas. “Depois de localizada e identificada a causa da ocorrência, são executadas manobras nas chaves da rede elétrica para isolar o ponto problemático e restringir ao mínimo possível de domicílios o alcance do desligamento”, detalha o diretor. “As demais unidades que puderem ser alimentadas por vias alternativas são gradativamente religadas por meio de manobras, feitas uma a uma por nossas equipes de emergência”.

Com a automatização das chaves de operação, o tempo de espera desses consumidores que puderem ser religados deverá cair sensivelmente, pois todas essas operações serão feitas remotamente. “A automatização das chaves nos permite saber onde o problema aconteceu e, também, comandar com rapidez as operações de manobra, restabelecendo em segundos o fornecimento aos consumidores que não dependerem diretamente do trecho da rede elétrica que necessitar de reparos”, observa o diretor da Copel.

LONDRINA – Na região Norte do Estado, onde o processo de instalação das chaves automatizadas está mais adiantado, a Copel está concluindo um projeto que prevê colocar em operação tais equipamentos em 29 pontos da rede de distribuição de energia elétrica em Londrina e mais 32 chaves nas redes de cidades próximas, como Arapongas, Apucarana e Cornélio Procópio.

De acordo com o gerente da Divisão de Operação Norte da empresa, Eduardo Henrique Marçal Camillo, as vantagens dessa flexibilidade já podem ser sentidas pelo consumidor. “A duração dos desligamentos tem caído pela metade nos pontos onde a automação já foi instalada”, conta. “Ainda precisamos que um eletricista vá até o local da ocorrência para garantir total condição de segurança no religamento, mas ganhamos o tempo que seria despendido na inspeção do circuito e na execução da manobra”, detalha.

O envio de dados para a central e o tráfego dos sinais do comando remoto são feitos pela rede de fibras ópticas da própria Copel – a mesma que proporciona acesso à internet para operadoras, empresas e escolas públicas do Paraná, o que otimizou os custos de implantação da nova tecnologia. Ao comandar o fechamento ou abertura de uma chave, a informação enviada pelo computador é transportada pela rede como sinal de luz até chegar a um conversor instalado no poste. Este aparelho transforma o sinal novamente em impulso elétrico, que aciona um motor ligado à chave e opera o equipamento de acordo com a ordem emitida.

O próximo município a receber as chaves automatizadas será Arapongas, em junho. O trabalho de instalação é bastante complexo e envolve o trabalho de equipes de projeto, manutenção, automação e telecomunicações. Como a maior parte das chaves fica localizada em locais de trânsito movimentado, os técnicos procuram programar a execução do serviço para os finais de semana.

Enquanto instala esses novos equipamentos telecomandados pelo Estado, a Copel já planeja um salto tecnológico que irá aprimorar e melhorar ainda mais o desempenho das chaves. A etapa seguinte do programa de trabalho da Companhia prevê a automação total das operações de manobras na rede elétrica, usando chaves inteligentes capazes de identificar e localizar a anomalia na rede elétrica, isolar o trecho defeituoso e realizar as manobras de religamento dos consumidores sem que haja necessidade de intervenção dos operadores, tornando ainda mais ágil e seguro o restabelecimento do fornecimento. As primeiras chaves inteligentes começarão a ser instaladas em Curitiba e devem começar a operar dentro de poucos meses.


Agência Estadual de Notícias
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