Internacional

ONU decide prorrogar por seis meses a missão de paz no Haiti
14-02-2006 19:28

Brasília – O Conselho de Segurança da ONU decidiu prorrogar por seis meses a missão de paz no Haiti. A resolução que autorizou o envio dos soldados em 2004 condiciou o fim da missão à realização das eleições no país mais pobre das Américas. A última renovação da permanência no país terminaria amanhã (15). Atualmente, o país apura os resultados finais para saber se haverá segundo turno nas eleições para presidente.

Em reunião na manhã de hoje (14), o Conselho de Segurança aprovou a continuidade da tropa por seis meses, que coincide com a primeira etapa do novo governo eleito pela população. O atual presidente do Conselho, o norte-americano John Bolton, leu uma mensagem em que pede novamente aos partidos e autoridades haitianas que respeitem os resultados e se abstenham da violência.

"Os membros do Conselho expressam sua expectativa de que a contagem das urnas remanescentes e os próximos passos do processo eleitoral de acordo com a legislação haitiano continuem a ser transparentes e estejam compatíveis com os padrões internacionais", disse o diplomata.

A decisão de continuar com tropas das Nações Unidas no Haiti cabe ao Conselho de Segurança, mas cada país que integra a missão é voluntário, portanto, pode escolher se continua ou não no contigente internacional. O presidente Lula declarou em viagem oficial à África que manterá os soldados brasileiros no Haiti até a consolidação do novo governo.

O país mais pobre das Américas, cuja história tem sido marcada por sucessivas interferências externas, foi às urnas na semana passada para escolher o nome do novo presidente da República, dos senadores e deputados. Foram as primeiras eleições convocadas após a queda do ex-presidente Jean Bertrand Aristide, em fevereiro de 2004.

A substituição do governo provisório, instalado desde 2004, dará o retorno constitucional ao país, além de oferecer mais uma possibilidade de destravar os investimentos básicos para a população como escolas, hospitais, moradia e o funcionamento básicos das próprias instituições do Estado.

Aloisio Milani
Repórter da Agência Brasil
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