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Resultados parciais de eleições no Haiti mostram liderança do ex-presidente René Preval
10-02-2006 20:04

TweetAloisio Milani
Enviado especial

Porto Príncipe (Haiti) – Após dois adiamentos para o início da divulgação dos resultados parciais das eleições gerais do Haiti, ocorridas na última terça-feira (7), o Conselho Eleitoral Provisório (CEP) liberou os primeiros números da contagem. Com 20,2% dos votos apurados, o ex-presidente René Preval está na liderança, mas ainda não é possível dizer se o candidato pode vencer já no primeiro turno.

A apuração está dividida em dez departamentos e não há balanços parciais do país. Ontem (9), o CEP, responsável pela organização do pleito, apresentou os primeiros dados em cinco divisões. Na maior delas, o departamento Oeste, que abrange a capital Porto Príncipe e as maiores favelas do país, Preval tinha 65,9% dos 244.758 votos válidos. Em segundo lugar, estava Lesly Manigat, com 13,78%. Nesse departamento, uma área de responsabilidade das tropas brasileiras da Organização das Nações Unidas (ONU), a porcentagem de votos apurados era de 31,14%.

No departamento que engloba o município de Goaïves, apenas 14.178 votos foram apurados (6,16%). O ex-presidente estava com cerca de 50%, seguido por Mesadieu Luc, com 24,50%. Até agora, o departamento Central é o único onde René Preval não lidera a eleição. No país de maioria negra, o candidato branco Charles Backer, do partido Respe, tem 29,32% dos 11.315 votos válidos, seguido por Preval com 27,02%.

O diretor do CEP, Jacques Bernard, alertou que os resultados preliminares não podem ser interpretados como definitivos. A previsão é que a apuração dos votos para presidente, senador e deputado seja totalmente concluída até terça-feira (11). Os boletins parciais estão disponíveis pela internet. A disputa das eleições presidenciais é feita por 33 candidatos, mas segundo os resultados parciais dos departamentos, a maioria tem porcentagens de votos válidos menor do que 2%.

É a primeira eleição convocada no país após a queda do ex-presidente Jean Bertrand Aristide, em fevereiro de 2004. O pleito estava entre as exigências do Conselho de Segurança da ONU para autorizar o envio e permanência de uma força militar no Haiti.