Notícias

Nepotismo no executivo continua. Mas até quando?
21-04-2006 12:55

TweetPPS diz que PEC é desnecessária

Os cinco deputados do PPS na Assembléia Legislativa (AL), Ratinho Júnior, Marcos Isfer, Arlete Caramês, Aílton Araújo e Waldir Leite, que votaram fechados contra o nepotismo, lamentaram a rejeição da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que impediria a contratação de parentes no Executivo.

A rejeição da PEC só foi possível graças a um arrastão do governo do estado que pressionou a bancada aliada e convenceu alguns deputados da oposição a votarem contra a proposta.

Para o líder do PPS na AL, Ratinho Júnior, a rejeição da PEC do nepotismo é uma grande decepção para a população do Paraná, que já demonstrou que é contra a prática do nepotismo. “Não é uma derrota da bancada de oposição, como querem afirmar os aliados do governo, mas uma derrota do povo do Paraná”, disse o parlamentar.

Segundo Ratinho Júnior, o fim do nepotismo faria do Paraná um estado vanguardista e alinhado com os novos rumos da política mundial. “Os colegas que votaram pelo nepotismo não conseguiram entender a importância que essa PEC teria para a modernização da política do Paraná”, disse.

O jovem deputado do PPS disse que a decisão da AL preferiu seguir na contramão da história, validando uma prática que a população está enojada. “Todo mundo sabe que um ambiente público onde o pai é o prefeito ou o governador e o filho é o secretário de finanças, não pode ser saudável”, disse Ratinho Júnior.


Para o presidente do PPS, Rubens Bueno, o resultado da votação da PEC do nepotismo não altera em nada a decisão do partido em continuar a luta contra o nepotismo. O PPS entrou com representação contra o governador na Procuradoria-Geral de Justiça. A representação foi rejeitada pelo procurador-geral, Milton Riquelme Macedo, mas o partido recorreu da decisão ao Colégio de Procuradores e aguarda uma decisão.

“Foi um ato de cidadania dos deputados do PPS e de outros partidos ao se esforçarem pela aprovação da PEC do nepotismo, mas duas leis importantes já impedem a nomeação de parentes nos serviços públicos. A primeira é a da ética. A segunda é a Constituição Federal. Se o governador respeitasse essas duas leis, seus parentes sequer teriam sido nomeados”, disse Bueno.

Para o deputado Ratinho Júnior, em vez de lutar contra a aprovação da PEC do nepotismo, o governador poderia dar o exemplo que o povo do Paraná espera de seus governantes e demitir todos os membros de sua família do governo.


Fonte: www.ppspr.org.br