Política

Senador do PT apóia salário mínimo regional do Paraná
11-04-2006 12:05

O senador Paulo Paim (PT-RS) e os deputados federais Jackson Barreto (PTB-SE), Walter Barelli (PSDB-SP) e Clair Martins (PT-PR) - integrantes da Comissão Especial do Salário Mínimo no Congresso Nacional - apóiam a proposta do governador Roberto Requião que cria o piso regional paranaense – variável na faixa entre R$ 427,00 e R$ 437,80. “É uma proposta correta, adequada, positiva. Isso é uma forma de distribuir renda, de fazer que os mais pobres possam comprar mais”, disse Paulo Paim nesta segunda-feira (11) na abertura da audiência pública sobre a recuperação do salário mínimo nacional.

“O piso regional, inclusive, gera emprego e fortalece a economia do Município e do Estado e ajuda e muito a luta dos trabalhadores por um piso nacional decente, digno”, completou Paim.

A deputada federal Clair Martins, por sua vez, defende que a implantação do piso regional no Paraná não atende só os 390 mil trabalhadores paranaenses como serve como patamar para outras categorias no estado e também pressiona por um salário mínimo maior no país.

“Somos favoráveis à implementação dos pisos regionais. O Paraná tem potencialidade econômica importante, contribui para o PIB nacional e as exportações geram riquezas para o nosso estado. E sabemos que o Sul tem uma diferenciação econômica melhor em relação aos estados do nordeste”, disse Clair.

Sem prejuízos - Paim e Clair refutam a tese que o novo piso regional ou o aumento real do salário mínimo venham trazer prejuízos aos estados, prefeituras e às empresas. “Essa controvérsia não é verdadeira. Eu chego dizer que uma mentira. É um discurso desgastado em que o outro lado não é ouvido. Não há prefeitura no país que quebrou por causa do salário mínimo”, questionou.

A proposta da comissão do Congresso Nacional é a de criar uma política permanente para o salário mínimo nacional, além de incentivar os estados a criar pisos regionais. “Eu espero que os estados de Santa Catarina e de São Paulo copiem os exemplos do Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro que instituíram os pisos regionais”, sugeriu Paim.

“Estamos numa proposta, num projeto permanente de recuperar o salário mínimo. Nos últimos 10 anos, começamos a recuperar o poder de compra do salário mínimo. Nos últimos 10 anos houve uma recuperação de 82% e isso deve ser uma política permanente e não, todo ano, através de projeto de lei ou medida provisória”, disse Clair.

Política permanente - O deputado federal Walter Barelli disse que as audiências, como realizada nesta segunda-feira no Paraná, contribuem para esclarecer a opinião que o salário mínimo não traz prejuízos à economia brasileira. “Fica evidente que o estabelecimento de uma política permanente de valorização do salário mínimo é um mecanismo eficiente para a promoção da distribuição de renda e de crescimento econômico no Brasil”.

O deputado Jackson Barreto defendeu a elevação permanente do salário mínimo vinculada ao aumento do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação. Ele lembrou que o maior salário mínimo já pago no Brasil, em 1959, atualizado de acordo com a variação do PIB per capita, eqüivaleria hoje a cerca de R$ 700,00 - o dobro do salário mínimo em vigor, de R$ 350,00.

Agência Estadual de Notícias
Foto: José Adair Gomercindo-SECS
Reunião da Comissão Especial Mista do Salário Mínimo.Senador Paulo Paim.
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