Saúde

Campanha chama atenção para os riscos da hipertensão arterial
28-04-2008 12:09

Tratar a pressão alta é um ato de fé na vida - este é o tema da campanha de 2008 que será lançada neste sábado (26), data que marca o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão. A doença atinge 30% da população adulta brasileira, chegando a mais de 50% na terceira idade e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil, sendo responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) e 25% dos casos de insuficiência renal terminal, segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT), inclusive a hipertensão, são responsáveis por 59% de mortes no mundo, chegando a 75% das mortes nos países das Américas e Caribe. No caso do Brasil, 62,8% do total de mortes por causas conhecidas estavam relacionadas doenças não transmissíveis.

No Paraná, de um total de 60.324 mortes cerca de 12% tiveram como causa de morte a hipertensão primária e doenças cardíacas relacionadas como obesidade, diabetes, acidente vascular cerebral, infarto, entre outras - a informação é do médico Nelson Nazareno, do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde.

“A hipertensão é uma doença silenciosa que não apresenta sintomas na grande maioria dos casos e que atinge 20% da população”, explica o médico Luis Fernando Ribas, assessor da Secretaria Estadual da Saúde. Segundo esclareceu, os serviços de saúde devem recorrer à busca-ativa para identificar os pacientes, mas a população também precisa procurar as unidades de saúde para realização dos exames de controle da pressão arterial. A hipertensão está entre as principais causas de óbito. E os derrames quando não matam deixam muitas seqüelas”, alertou Ribas.

O secretario da Saúde, Gilberto Martin, destacou que vai ampliar o acesso da população às unidades de saúde para o diagnóstico precoce da hipertensão e convoca os adultos, jovens e crianças a comparecerem nos serviços de saúde para aferir a pressão arterial. Ele lembrou que mesmo o trabalhador em atividade com até 45 anos tem maior probabilidade de sofrer um infarto. “E após os 50 anos os cuidados preventivos devem ser ainda maiores”.

A hipertensão tem cura, sendo recomendável: caminhadas, dietas com restrição de sal e uso de medicamentos. “Todas essas condições são ofertadas pelo SUS e não há motivo para perdermos essa batalha”, concluiu o secretário.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apóia a campanha de combate à pressão alta para conscientizar a população sobre a necessidade de prevenir e tratar a hipertensão. Denominada Tratar a pressão alta é um ato de fé na vida, a campanha terá ações ao longo do ano.

A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença que ataca os vasos sangüíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins. Ocorre quando a medida da pressão se mantém freqüentemente acima de 140 por 90 mmHg.

Essa doença é herdada dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles: fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, grande consumo de sal, níveis altos de colesterol, falta de atividade física; além desses fatores de risco, sabe-se que sua incidência é maior na raça negra, aumenta com a idade, é maior entre homens com até 50 anos, é maior entre mulheres acima de 50 anos, é maior em diabéticos.

Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.

Somente o médico poderá determinar o melhor método de tratamento da hipertensão, mas além dos medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável: manter o peso adequado, mudando hábitos alimentares: não abusar do sal; praticar atividade física regular, aproveitar os momentos de lazer e controlar os diabetes.


AEN
Foto:SECS
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