Saúde

Casos de dengue passam de 36 mil na cidade do Rio e prefeitura anuncia pacote de medidas
03-04-2008 12:15

Rio de Janeiro - A prefeitura do Rio de Janeiro apresentou hoje (2) um pacote de medidas de combate à dengue, no mesmo dia em que a Secretaria Estadual de Saúde divulgou os últimos números da doença, apontando para 36,6 mil casos só na capital e 57 mil em todo o estado, com um total de 67 mortos e outros 58 óbitos sob investigação.

Entre as principais ações anunciadas pelo secretário municipal de Saúde, Jacob Kligerman, em coletiva à imprensa, estão a abertura do Hospital de Acari, a extensão do horário de funcionamento de postos de saúde nos finais de semana, a contratação de médicos aposentados e residentes e a distribuição de repelente a todos os pacientes com dengue.

O Hospital de Acari começa a operar amanhã (3), com 58 leitos e 30 poltronas de hidratação, todos direcionados para doentes com dengue. De acordo com Kligerman, o hospital não fará atendimento de emergência neste primeiro momento e só receberá pacientes referenciados, que venham encaminhados por outras unidades de saúde. O hospital vai oferecer laboratório, equipamento de raio-X e ultra-som.

O secretário anunciou ainda que, das 145 unidades de saúde municipais, 83 terão os horários de funcionamento ampliados no sábado, passando a atender das 8h às 17h. Nos domingos, 15 postos de saúde também irão fazer atendimentos, no mesmo horário. O número de unidades de saúde que atendem 24 horas passará das atuais seis para 21.

A prefeitura disponibilizou uma verba de R$ 1 milhão para a contratação ou extensão da carga horária de 900 profissionais, inclusive com a convocação de médicos aposentados e residentes. O valor oferecido, para dar quatro plantões de 24 horas por semana, é de R$ 2,5 mil. A contratação é por prazo limitado, devendo se estender por dois meses.

Perguntado como avaliava a política de combate à dengue no município, Kligerman respondeu que desde o ano passado está em mobilização permanente contra a doença e que, por isso, sentia-se tranqüilo.

“Me sinto absolutamente tranqüilo, que tomamos todas as medidas. Esse é um novo tipo de surto, o tipo 2, e eu tenho a maior tranqüilidade, que no ano passado todo trabalhamos no sentido de evitar que isso ocorresse.”

Questionado sobre o que teria dado errado para que a prefeitura não tivesse contido a doença, ele afirmou que o problema foi a gravidade do surto.

“A prefeitura tomou todas as providências. As medidas que nós tomamos impediram que triplicasse ou quadruplicasse esse número.”

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
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