Saúde

Centro Hospitalar de Reabilitação começa atendimento aos pacientes
01-04-2008 12:22

O Centro Hospitalar de Reabilitação Física do Paraná iniciou nesta segunda-feira (31) o atendimento ambulatorial e de reabilitação. O objetivo é atender todo o tratamento de média e alta complexidade na área de reabilitação física. “Nesta primeira fase, o centro vai atender cerca de 100 pacientes por dia”, destaca o secretário estadual de saúde, Gilberto Martin. Na área de reabilitação, acrescenta o secretário, estão sendo oferecidos serviços de fisioterapia e fonoaudiologia.

Os pacientes que estão sendo avaliados pela equipe de profissionais do centro vêm do complexo regulador e atualmente são atendidos pela Associação Paranaense de Reabilitação (APR). Segundo o secretário, parcerias com entidades filantrópicas e acadêmicas tendem a agregar conhecimento técnico e científico ao que será desenvolvido no local. A princípio, além da APR, o Centro de Reabilitação também contará com a parceria da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O Conselho Diretor será formado por dois representantes de cada entidade. Enquanto que a Direção Geral será do Estado.

“Com a parceria, a capacidade de atendimento de reabilitados irá aumentar, beneficiando com isso um número maior de pessoas. Além de dar condições estruturais melhores para esse atendimento” destaca Mamed Mourad, gerente administrativo da APR. O Estado também será beneficiado na questão financeira. Com o atendimento centralizado, serão poupados R$ 75 mil/mês gastos até então com encaminhamentos de pacientes para o Hospital Sarah Kubicheski, em Brasília.

ESTRUTURA – A equipe é formada por profissionais da APR, por concursados e por aprovados em processo seletivo. Os dois últimos passarão por processo de capacitação e serão chamados ao longo dos próximos quatro meses.

O presidente da APR, Cadri Massuda, disse que está feliz com o início das atividades do Centro Hospitalar de Reabilitação. “É um sonho que foi acalentado por anos pela nossa entidade. Muitas coisas não saíram exatamente como o planejado, mas é possível ver que o Estado está interessado e que investe em saúde e bem estar dos pacientes portadores de necessidades especiais” ressalta.

A previsão é concluir todas as fases do Centro Hospitalar até o mês de julho. A expectativa é oferecer atendimento diário a mais de 400 pacientes. Segundo Cadri a procura por tratamentos de reabilitação é grande. “O número previsto de atendimento pode ser considerado até subdimensionar. A necessidade é muito maior, mas temos certeza que os pacientes do Centro de Reabilitação contarão com um atendimento completo” avalia.

PACIENTES – Eliseu Ferreira da Silva, 55 anos, ex-motorista de lotação faz a três anos tratamento de reabilitação. Portador da Síndrome do Homem Rígido ele contou que há dois anos parou totalmente de andar, “começou com uma dormência, até que não consegui mais andar”. Segundo o fisioterapeuta Alceu de Andrade Junior, o ex-motorista é aplicado e tem chances de recuperar os movimentos “a continuação do tratamento e com ajuda de uma órtese será possível em breve manter a firmeza nas pernas” destaca. O fisioterapeuta disse ainda que “além dos exercícios específicos é importante dar autonomia ao paciente, fazer com que se sinta independente. Isso pode ser feito desde um ato simples, como a mudança da cadeira para a cama”.

Doraci Martins Ferreira venho de Almirante Tamandaré para acompanhar a neta Jordana Cristine Coimbra, 11 anos, em sua sessão semanal de fisioterapia. Doraci explica que tem muito orgulho da neta que este ano trocou a escola especial pela rede pública. Jordana nasceu com mielomeningocele e tem dificuldades de locomoção, anda com ajuda de muletas. A avó conta que a neta “já fez fisioterapia em outros hospitais, sempre através do SUS e também passou por 14 cirurgias”.

Para Maria Silvana Santos os 11 anos de tratamento feito pela filha Solange Maria dos Santos (13), portadora de paralisia cerebral, esta ajudando no seu desenvolvimento. “Até agora está bom, espero que melhore ainda mais.” afirma.

João Luis Cavalheiro, pai de Jenifer de Souza (13), disse que espera apenas que seja feito “o que for melhor para o tratamento adequado dos pacientes portadores de necessidades especiais”.


AEN
Foto Venilton Kuchler-SESA
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