Saúde

Especialistas se reúnem no Rio para debater câncer de intestino
17-08-2006 19:32

Rio de janeiro - Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que cerca de 24 mil novos casos de câncer colo-retal devem surgir no Brasil em 2006. A doença é o quarto tipo de câncer que mais mata no país e o terceiro em número de pessoas atingidas, sendo superado apenas pelo câncer de mama e pelo câncer de colo de útero.

Para discutir o assunto, especialistas brasileiros e estrangeiros se reúnem até sábado (19) no Rio, no 5º Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. O tema principal em discussão é o tratamento e a cirurgia do câncer colo-retal, que inclui os tumores que afetam o cólon (intestino grosso) e o reto (parte final do intestino).

Segundo o diretor do Inca, Luiz Santini, são dois os maiores desafios no combate à doença: diminuir o número de casos e conseguir fazer o diagnóstico precoce para que haja maiores chances de cura.

“O câncer colo-retal é curável se for detectado precocemente, mas infelizmente a maioria dos casos são detectados numa fase muito avançada na doença”, disse Santini.

O câncer colo-retal atinge igualmente homens e mulheres e pode ser curado se for tratado antes de se alastrar para outros órgãos. A maior incidência de casos é na faixa etária entre os 50 e 70 anos, mas a doença também pode se desenvolver a partir dos 40, explicou o médico.

O diretor do INCA ressaltou que as pessoas que apresentarem sintomas como sangramento nas fezes, emagrecimento, diarréia, fraqueza e sensação de vontade de evacuar, devem buscar o serviço de saúde. “Os exames clínicos para qualquer paciente nas fases iniciais do problema estão disponíveis em toda a rede publica, e qualquer médico está em condições de reconhecer o conjunto de sintomas que identifica e encaminhar o paciente para os exames especializados”.

Basicamente, o tratamento é feito por meio de cirurgia, mas existem práticas complementares com a radioterapia e a quimioterapia, que são usadas de acordo com o estágio da doença.

O Inca é uma unidade de referência nacional no tratamento do câncer, mas o tratamento para este tipo de câncer é oferecido em todos estados nos Centros de Alta Complexidade Oncológica, vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Santini salientou a necessidade de cuidados com a alimentação para evitar o câncer de intestino e reduzir o número de casos. “Uma mudança de hábitos alimentares, com as pessoas comendo mais frutas, mais fibras. A presença desse câncer está associada a um tipo de alimentação pouco saudável, gordurosa, que temos na sociedade”, explicou.

Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
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