Saúde

Meta de campanha de vacinação é imunizar 700 mil idosos no Paraná
15-04-2008 17:20

A Campanha Nacional de Vacinação do Idoso contra o vírus da influenza (gripe), que este ano inicia-se no próximo dia 26 e se estende até o dia 9 de maio, tem o objetivo de vacinar mais de 80% da população do Paraná, na faixa etária acima dos 60 anos. Isto significa a imunização de, pelo menos, 696.900 pessoas, dos 871.125 idosos existentes no Estado, o que corresponde a 8,4% do total da população paranaense.

O Ministério da Saúde disponibilizou para o Paraná 975 mil doses da vacina contra a influenza. Na mesma campanha, os idosos poderão tomar a vacina anti-pneumocócica e a dupla bacteriana, contra tétano e difteria. Ao todo, serão mais de 12 mil pessoas trabalhando e 2.158 postos de saúde à disposição da população. “A gripe está entre as principais causas de hospitalização da população nesta faixa etária. É importante que as pessoas acima dos 60 anos vão a uma unidade de saúde e se imunizem contra o vírus da influenza”, afirma o secretário da Saúde, Gilberto Martin.

De acordo com a chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Inês Vian, os idosos devem tomar a vacina anualmente para evitar complicações. “Mesmo que as pessoas tenham tomado a vacina nos anos anteriores, elas devem se imunizar este ano também. A vacina diminui muito o risco de contrair a gripe. A eficácia chega a 90%”, diz.

Inês ressalta que a gripe e o resfriado não são a mesma coisa. “A gripe é uma doença grave, muito contagiosa, que se transmite de pessoa a pessoa através das vias respiratórias. Em geral, os sintomas são mais intensos que no resfriado”, explica. Ela lembra que toda vacina precisa de um tempo para que haja a proteção adequada. No caso da vacina contra a gripe, são necessárias duas semanas para que tenha a resposta esperada. O período de incubação da doença é de um a quatro dias após a transmissão.

Prevenção - A vacina é o melhor recurso disponível para a prevenção da influenza e suas complicações, obtendo, conseqüentemente, uma diminuição das internações hospitalares e gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias, além da redução da mortalidade evitável. Inês lembra ainda que a vacina não está disponível na rotina, por isso os idosos devem receber as doses durante essas semanas da campanha.

A vacina é contra indicada para pacientes alérgicos à proteína do ovo e ao timerosal – antiséptico –, portadores de doenças neurológicas em atividades e indivíduos que tiveram a síndrome de Guillain Barré (inflamação aguda com perda da mielina – membrana de lipídeos e proteína que envolve os nervos e facilita a transmissão do estímulo nervoso – dos nervos periféricos e às vezes de raízes nervosas proximais e de nervos cranianos). “Em caso de dúvida, antes de tomar a vacina, é importante que o paciente receba um diagnóstico médico”, alerta Inês.

Dados – Durante as dez edições da campanha, que começou em 1999, o Paraná sempre teve uma cobertura vacinal acima dos 75%. Somente nos anos de 2000 e 2002 o Estado teve uma cobertura na faixa dos 75%. Nos dois últimos, o número de idosos vacinados passou dos 89%, sendo mais de 770 mil em 2006, e 775 mil em 2007.

A doença – A influenza é uma doença infecciosa do sistema respiratório, de natureza viral e altamente contagiosa. Pode apresentar-se como forma leve e de curta duração, até formas clinicamente graves. A doença rapidamente se dissemina, sendo responsável por elevada morbimortalidade em grupos de maior vulnerabilidade.

A forma e a gravidade da influenza variam. O início é súbito, apresentando febre, calafrios, dores musculares, dor de cabeça, mal estar, que predominam nos primeiros três a quatro dias. A rinite e a faringite também podem ocorrer devido à gripe.

No avanço da doença no organismo, pode ocorrer dor de garganta, tosse seca, coriza e congestão nasal, com duração de poucos dias. A influenza sem complicações cura-se espontaneamente em poucos dias.

As complicações mais freqüentes que podem acontecer após a infecção são: pneumonia bacteriana secundária, pneumonia viral primária, agravação de doenças crônicas de base – para pessoas que são pneumopatas, cardiopatas crônicos, renais, hipertensos, diabéticos e imunocomprometidos – e o óbito.


AEN
Foto:SECS
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