Saúde

Ministério da Saúde espera vacinar contra a gripe 11 milhões de idosos
18-04-2006 18:36

Rio - Com o slogan Viva melhor - Vacine-se contra a gripe, o Ministério da Saúde espera atrair 11 milhões de pessoas com 60 anos ou mais para os quase 74 mil postos de vacinação espalhados pelo país. A campanha começa no próximo dia 24 de abril, vai até 5 de maio e a vacina é gratuita.

Ao participar hoje (18) do programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, o secretário de Vigilância e Saúde do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, disse que a meta para este ano é vacinar 70% dos cerca de 16 milhões de idosos no país, mas que "os resultados obtidos na campanha do ano passado foram tão significativos que o Brasil ficou com uma das mais altas coberturas do mundo".

Segundo Barbosa, 86% dos idosos brasileiros foram vacinados contra a gripe em 2005, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendava aos países desenvolvidos que vacinassem contra a gripe pelo menos 75% de seus idosos. Ele explicou que a vacina é oferecida sempre no fim de abril e início de maio para que a pessoa esteja protegida até os meses de junho, julho e agosto, período em que a circulação do vírus da gripe é mais comum no Brasil.

"Todos que têm mais de 60 anos devem se vacinar, inclusive as pessoas com doenças cardiovasculares, diabetes ou doenças renais. Para estas, a vacina terá um efeito muito bom, porque estas doenças podem estar latentes e serem descompensadas por uma gripe", lembrou Barbosa.

Ainda no programa, Jarbas Barbosa destacou que o Brasil foi o primeiro país na América Latina a incorporar a vacina contra o rotavirus no calendário de vacinação pública. A vacina está disponível nos postos de saúde e deve ser aplicada em duas doses aos dois e quatro meses de idade.

"A gente espera reduzir cerca de 850 mortes em menores de um ano e até 44 mil internações hospitalares. Mas essa vacina não é para ser feita sob a forma de campanha. Ela tem a época certa e os maiores de seis meses não devem tomar a vacina porque não existem estudos que demonstrem sua eficácia a partir dos quatro meses de idade".

O secretário reiterou que as crianças maiores que não são vacinadas também se beneficiam, porque a circulação do vírus é reduzida no grupo mais vulnerável.

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
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