Saúde

Paraná aumentou em 47% o número de transplantes de órgãos em 2007
26-12-2007 17:21

O número de transplantes de órgãos realizados no Paraná, até outubro desse ano, cresceu 47% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com balanço realizado pela Central de Transplantes. Para ampliar ainda mais o número desses procedimentos, o secretário da Saúde, Gilberto Martin, assinou a resolução nº 469, que prevê novas normas e exigências, complementares às do Ministério da Saúde, para autorizar ou renovar o credenciamento dos estabelecimentos de saúde na área de transplantes de órgãos.

O Paraná é o único estado do país a criar normas complementares desse tipo. “Além de ser pioneiro, o Paraná, por meio dessa resolução estabelece um avanço na área de credenciamento para transplantes. Isso significa maior qualidade e segurança nos atendimentos prestados aos pacientes”, avalia o secretário Gilberto Martin.

Foram realizados neste ano 751 transplantes de córnea, 233 de rins, 40 de fígado neste ano, 39 de coração e 14 transplantes conjuntos de rim e pâncreas, totalizando 1.077 procedimentos. Em 2006 foram realizados 731 transplantes. Os transplantes de tecidos e medulas ósseas mantiveram o mesmo patamar de 2006. Foram 784 procedimentos neste ano, o maior índice dos últimos nove anos.

De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes, Jussara Freitas Trancoso, o trabalho de conscientização das famílias e das equipes dos hospitais contribuiu para o crescimento do número de doações. “Os números indicam que as pessoas estão compreendendo a importância das doações de órgãos. Por isso, no próximo ano esperamos que esses números cresçam ainda mais”, disse.


Resolução - Entre os critérios previstos na Resolução nº 469 estão a de que os estabelecimentos de saúde devem realizar transplantes pelo SUS e notificar as Centrais de Transplantes sobre a ocorrência de morte encefálica e de morte por coração parado. Para autorização de transplante renal, por exemplo, o estabelecimento deverá possuir serviço próprio de hemodiálise e uma lista de espera de no mínimo 2,5% do total dos potenciais receptores de rim.

Para a realização de transplante hepático o estabelecimento deverá ter ambulatório próprio de Hepatologia ou Gastroenterologia ou ter vinculação a um serviço de Hepatologia ou Gastroenterologia credenciado pelo SUS. Além disso, os responsáveis técnicos pelos procedimentos de transplante devem pertencer no máximo a duas equipes de trabalho.

Histórias de vida - Em 2004, José Alves Coutinho, 33 anos, descobriu que possuía uma doença grave no coração. De acordo com os médicos, a única alternativa para ele ser curado seria realizar um transplante de coração. “Para fazer o transplante entrei na fila de espera em agosto desse ano. Depois de dois meses tive a notícia de que receberia um coração de um doador da cidade de Blumenau”, conta. Segundo Coutinho, saber que receberia um órgão representou uma conquista para ele e todos os seus familiares. “Ficamos pensando que nada é impossível na vida e agradecemos a família que doou. Se eu não tivesse feito o transplante, talvez não estivesse vivo, por isso se alguém tiver a oportunidade de doar órgãos que ajude o próximo”, pede Coutinho.

Um exemplo de quem tomou a iniciativa para realizar uma doação de órgãos é da empregada doméstica Sandra Mara Teixeira, 41 anos. Ela doou o coração, os rins, o fígado e as córneas de seu filho, falecido em fevereiro deste ano, quando tinha 10 anos de idade. “Ao assistir uma campanha para doação de órgãos na televisão meu filho disse que queria ser um doador e essa atitude foi muito compensadora porque ele ajudou várias pessoas”, conta. Segundo Sandra, é importante que todos saibam que uma pessoa pode ajudar mais oito se doar órgãos. “Doar órgãos é acima de tudo doar vida”, afirma.

Já Daniel Bueno, 33 anos, ainda aguarda por um órgão. Está a um ano e meio na lista de espera para realização de um transplante de rim e pâncreas. Ele conta que descobriu que possui insuficiência renal há quatro anos e desde 2006 realiza hemodiálise. “Se mais pessoas pudessem doar seria muito importante, porque ficar esperando por um órgão e fazer hemodiálise é muito difícil”, desabafa.
O número de transplantes de órgãos realizados no Paraná, até outubro desse ano, cresceu 47% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com balanço realizado pela Central de Transplantes. Para ampliar ainda mais o número desses procedimentos, o secretário da Saúde, Gilberto Martin, assinou a resolução nº 469, que prevê novas normas e exigências, complementares às do Ministério da Saúde, para autorizar ou renovar o credenciamento dos estabelecimentos de saúde na área de transplantes de órgãos.

O Paraná é o único estado do país a criar normas complementares desse tipo. “Além de ser pioneiro, o Paraná, por meio dessa resolução estabelece um avanço na área de credenciamento para transplantes. Isso significa maior qualidade e segurança nos atendimentos prestados aos pacientes”, avalia o secretário Gilberto Martin.

Foram realizados neste ano 751 transplantes de córnea, 233 de rins, 40 de fígado neste ano, 39 de coração e 14 transplantes conjuntos de rim e pâncreas, totalizando 1.077 procedimentos. Em 2006 foram realizados 731 transplantes. Os transplantes de tecidos e medulas ósseas mantiveram o mesmo patamar de 2006. Foram 784 procedimentos neste ano, o maior índice dos últimos nove anos.

De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes, Jussara Freitas Trancoso, o trabalho de conscientização das famílias e das equipes dos hospitais contribuiu para o crescimento do número de doações. “Os números indicam que as pessoas estão compreendendo a importância das doações de órgãos. Por isso, no próximo ano esperamos que esses números cresçam ainda mais”, disse.


Resolução - Entre os critérios previstos na Resolução nº 469 estão a de que os estabelecimentos de saúde devem realizar transplantes pelo SUS e notificar as Centrais de Transplantes sobre a ocorrência de morte encefálica e de morte por coração parado. Para autorização de transplante renal, por exemplo, o estabelecimento deverá possuir serviço próprio de hemodiálise e uma lista de espera de no mínimo 2,5% do total dos potenciais receptores de rim.

Para a realização de transplante hepático o estabelecimento deverá ter ambulatório próprio de Hepatologia ou Gastroenterologia ou ter vinculação a um serviço de Hepatologia ou Gastroenterologia credenciado pelo SUS. Além disso, os responsáveis técnicos pelos procedimentos de transplante devem pertencer no máximo a duas equipes de trabalho.

Histórias de vida - Em 2004, José Alves Coutinho, 33 anos, descobriu que possuía uma doença grave no coração. De acordo com os médicos, a única alternativa para ele ser curado seria realizar um transplante de coração. “Para fazer o transplante entrei na fila de espera em agosto desse ano. Depois de dois meses tive a notícia de que receberia um coração de um doador da cidade de Blumenau”, conta. Segundo Coutinho, saber que receberia um órgão representou uma conquista para ele e todos os seus familiares. “Ficamos pensando que nada é impossível na vida e agradecemos a família que doou. Se eu não tivesse feito o transplante, talvez não estivesse vivo, por isso se alguém tiver a oportunidade de doar órgãos que ajude o próximo”, pede Coutinho.

Um exemplo de quem tomou a iniciativa para realizar uma doação de órgãos é da empregada doméstica Sandra Mara Teixeira, 41 anos. Ela doou o coração, os rins, o fígado e as córneas de seu filho, falecido em fevereiro deste ano, quando tinha 10 anos de idade. “Ao assistir uma campanha para doação de órgãos na televisão meu filho disse que queria ser um doador e essa atitude foi muito compensadora porque ele ajudou várias pessoas”, conta. Segundo Sandra, é importante que todos saibam que uma pessoa pode ajudar mais oito se doar órgãos. “Doar órgãos é acima de tudo doar vida”, afirma.

Já Daniel Bueno, 33 anos, ainda aguarda por um órgão. Está a um ano e meio na lista de espera para realização de um transplante de rim e pâncreas. Ele conta que descobriu que possui insuficiência renal há quatro anos e desde 2006 realiza hemodiálise. “Se mais pessoas pudessem doar seria muito importante, porque ficar esperando por um órgão e fazer hemodiálise é muito difícil”, desabafa.

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