Saúde
Quinto boletim de balneabilidade aponta melhora da qualidade da água em Guaratuba
10-01-2008 13:19
TweetA variação mais positiva ocorreu no município de Guaratuba, onde três pontos tornaram-se próprios para banho. Já em Matinhos, cinco locais apresentaram altos índices de coliformes fecais, o que os torna impróprios para o banho de mar.
Para o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, a boa notícia nesta semana, foi a recuperação dos três pontos no balneário de Guaratuba. “Demonstra que a campanha para as ligações das residências à rede coletora de esgoto da Sanepar, que garantiu a adesão de cerca de 85% da população, influenciou de maneira positiva na qualidade da água, mesmo em períodos chuvosos. Isso não ocorreu nos demais municípios que não atingiram suas metas”, afirmou Rasca.
Pontal do Paraná - No balneário de Ipanema o ponto localizado na rua Pará passou a ter boas condições para banho. Da mesma forma que o ponto localizado na rua Paraná, no balneário Santa Terezinha.
Em Praia de Leste, na altura da rua Baronesa do Cerro Azul, o banho de mar ficou impróprio. Já a Ilha do Mel ganhou um ponto azul novamente, localizado na Praia do Farol, em frente ao trapiche.
Segundo Rasca Rodrigues, a análise da qualidade da água, aliada a divulgação e sinalização dos locais impróprios para banho, torna o litoral paranaense um dos mais seguros do país.
A opinião do secretário é compartilhada por Carlos Augusto de Oliveira, que enviou nota à Coluna do Leitor, do jornal Gazeta do Povo (publicada na última quarta-feira, 08). “Li que alguns pontos do litoral paranaense são considerados locais impróprios para banho. Acabo de chegar de uma temporada na Praia dos Ingleses (Florianópolis). O rio que cruza o balneário exala miasmas insuportáveis, fazendo com que queiramos distância do ponto em que deságua no mar. Diversos canais com esgoto a céu aberto cruzam a areia tornando penosa a caminhada que deveria ser agradável e relaxante. Milhares de pessoas, sem informações sobre a qualidade da água, nadam e brincam no oceano. Não sabem qual ponto é seguro e qual os deixa sujeito a doenças. O litoral paranaense pode não ser tão belo quanto o dos nossos vizinhos, mas, sem dúvida, é mais seguro”, escreveu o leitor.
Procedimento - O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) divulga semanalmente os resultados das análises de balneabilidade em 43 pontos monitorados na orla. Fazem parte do acompanhamento os pontos de maior fluxo de pessoas.
Cada ponto impróprio representa 200 metros interditados – 100 metros à direita e 100 metros à esquerda das placas indicativas - devido à emissão de esgoto sanitário e presença de coliformes fecais.
A coleta é feita às segundas-feiras, em função de ser o primeiro dia após o fim de semana, quando é maior o fluxo de veranistas. Com proteção adequada para a coleta de material, técnicos do IAP coletam as amostras em frascos de vidro contendo uma substância que preserva as bactérias existentes na água.
Análise – A resolução 257, do Conselho Nacional do Meio Ambiente, determina que para um local ser considerado próprio para banho, deve-se ter 80% de amostras positivas em cinco resultados. Ou seja, o resultado de quatro das cinco análises amostradas pode apontar a presença de até 800 bactérias de coliformes fecais (Escherichia coli) a cada 100 mililitros de água. Mas caso o último resultado apresente duas mil bactérias, imediatamente o local passa a ser considerado impróprio, mesmo tendo histórico positivo. “O IAP considera as condições predominantes das últimas cinco semanas para classificar um local como próprio ou impróprio para banho. Com base no histórico de chuva e elevado número de pessoas presentes no litoral neste período, os resultados mantiveram-se praticamente os mesmos da semana anterior”, disse o diretor do Departamento de Estudos e Padrões Ambientais do IAP, Celso Bittencurt.
Os resultados das análises serão divulgados até o dia 25 de fevereiro, sempre às quintas-feiras. A Secretaria do Meio Ambiente e o IAP também divulgam boletins em seus portais nos endereços eletrônicos (www.pr.gov.br/meioambiente) ou (www.pr.gov.br/iap).
AEN
Foto Everson Bressan-SECS
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