Saúde

Secretaria da Saúde vai distribuir mais de 800 mil preservativos no Carnaval
22-01-2008 13:32

Com o tema “Bom de cama é quem usa camisinha” os foliões paranaenses terão diversos materiais informativos voltados à prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (Dsts), sobretudo a Aids. A campanha desenvolvida pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com o Ministério da Saúde terá à disposição 834.624 preservativos, 21 mil garrafas squeezes e 320 mil lixo-car para serem distribuídos durante o período das festas de carnaval. A atenção especial será para o litoral do Estado, destino de muitos foliões paranaenses, que receberá 176.256 preservativos.

Para a região litorânea também foram enviados 10 mil garrafas squeezes, 100 mil lixo-car e mais de 9 mil chaveiros. Esses materiais serão distribuídos a partir do primeiro dia de fevereiro nas barracas da Operação Viva o Verão localizadas nas praias de Caiobá e Guaratuba. Também serão distribuídas nas ilhas e em postos volantes que estarão circulando nas orlas marítimas. “Além dos kits, a população terá o auxílio de profissionais da saúde que elucidarão dúvidas com relação ao uso do preservativo e sobre DST/Aids”, disse o secretário da Saúde, Gilberto Martin.

O objetivo principal dessa operação é orientar, principalmente, os adolescentes na faixa de 15 a 19 anos. É nessa idade que se tem verificado um grande aumento no número de pessoas que evitam usar preservativos. “É nessa faixa etária que a maioria dos adolescentes iniciam sua vida sexual e é importante que eles saibam sobre doenças sexualmente transmissíveis, aids e gravidez”, disse o coordenador do programa de combate a Aids, Francisco Carlos dos Santos.

No Paraná, desde 1984 quando foi notificado o primeiro caso da doença, 18.010 pessoas estão com Aids. De 2000 até 2002 foi o ápice da doença no Estado, com cerca de 1600 casos por ano. A partir de 2003 está havendo uma estabilização gradativa no número de notificações com 1407 casos em 2003, 1268 em 2004, 1189 e 1058 casos em 2005 e 2006.

A população masculina ainda é a mais infectada com 11.887 casos contra 6.123 femininos. Já a faixa etária que apresentou mais casos foi dos 20 aos 34 anos com 9.269 casos, seguida da população com idades entre 35 a 49 anos com 6.628 casos.

“Apesar dos índices estarem estabilizando, a população deve fazer a sua parte e cuidar. Não é somente a Aids a grande preocupação, ainda há as DSTs que prejudicam muitas pessoas”, disse Santos.

SUBNOTIFICAÇÃO – Apesar dos números apresentados estarem se estabilizando, ocorre ainda no Paraná subnotificações da doença. Isso ocorre devido a Aids ser um agravo crônico, isto é, uma doença que não tem cura. Além disso, ocorre ainda um preconceito quando a pessoa descobre que possui o vírus da Aids. “Quando descobre que é soropositiva, a pessoa não retorna a unidade de saúde para o tratamento e quando retornam já está com o caso avançado da doença”, disse Santos.

Outro problema apresentado pelo coordenador de combate à Aids é que uma grande parte das notificações ocorre quando o paciente é internado e descobre que possui o vírus. “Muitas vezes só descobrimos quando a pessoa vai a óbito”, disse.


AEN
Foto: Divulgação - Grupo Abril
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