Saúde

Secretaria de Saúde reforça programa contra hanseníase
26-02-2008 16:47

A Secretaria de Saúde comemorou nesta segunda-feira (25) o Dia Mundial de Combate a Hanseníase. Este ano houve uma entrevista coletiva, uma apresentação de teatro de bonecos e a participação de um triatleta. O principal objetivo do programa é informar a população sobre diagnóstico e tratamentos da Hanseníase.

A entrevista coletiva contou com a presença do secretário de saúde Gilberto Martin; da representante titular da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no Conselho Nacional de Saúde, Zilda Arns; do campeão brasileiro de triatllon Juracir Moreira Junior; do representante da coordenação nacional de controle de hanseníase para região sul, Maria Elizaberte Lovera; da coordenadora do programa estadual, Nivera Noemia Stremel e demais autoridades.

Ações educativas estão sendo desenvolvidas em todos os municípios do Paraná, sob orientação da Secretaria de Saúde. Para tanto, as 22 regionais receberam 508 mil folderes e camisetas da campanha.

De acordo com Nivera é necessário “tratar com dignidade todas as pessoas atingidas com a hanseníase”. A informação é o primeiro passo para identificar e tratar a doença.

O secretário Gilberto Martin ressaltou que o estimulo ao diagnóstico e o combate do preconceito é fundamental. Disse ainda que nos próximos anos não quer ver o estado com coeficientes tão altos. “Isso não quer dizer que um coeficiente baixo significa mais saúde” explica.

A representante da CNBB, também fundadora da pastoral da criança, Zilda Arns, sugeriu a utilização do mapeamento utilizado pela pastoral. Segundo ela, as líderes comunitárias, nas regiões norte e nordeste do Brasil já identificaram 683 casos confirmados de hanseníase. Destes 6% dos casos ocorreram em crianças menores de seis anos. No estado do Paraná, em 2007, houve 0,03% de casos em menores de 15 anos.

Outro fator de relevância levantado na coletiva diz respeito ao desempenho dos médicos. Segundo o diretor geral do Hospital das Clinicas, Dr. Giovane Lodo, há necessidade da formação de médicos generalistas “que pensem também nas doenças aparentemente extintas” salientou.

Antonio Maciel Machado, engenheiro e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é um ex-portador de hanseníase. Ele contou que começou o tratamento em 2003. “Antes de descobrir que estava com hanseníase sentia dormência nos tendões dos pés e fiz outros tratamentos até que diagnosticaram a doença”, contou. Machado obteve cura em 2005 e utiliza hoje a sua experiência para trabalhar com a conscientização da população e dos profissionais de saúde.

Sintomas – A hanseníase é causada por um micróbio, o Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen), que ataca a pele e os nervos periféricos. Os sintomas caracterizam-se por manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, falta de sensibilidade, queda de pelos do corpo e dores próximas ao cotovelo, joelho e tornozelo.

De acordo com Nivera, ao comprometer os nervos periféricos a doença pode provocar incapacidades físicas, as quais podem evoluir para deformidades. “Essas incapacidades e deformidades podem acarretar problemas para o doente como diminuição da capacidade de trabalho, limitação da vida social e problemas psicológicos” explica.

Atualmente todas as unidades de saúde estão aptas a atender casos de hanseníase. O processo é simples e gratuito. Já na primeira dose de medicamento é possível matar 90% dos bacilos evitando a transmissão.

AEN
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