Segurança

Com os projetos Falcão e Olho Vivo, Paraná amplia e moderniza sistemas de segurança pública
29-06-2022 19:11

Policiais, treinamentos, equipamentos, tecnologia e inteligência. Muita inteligência. É essa a equação que norteia o planejamento estratégico das forças de segurança do Paraná. Por isso, dois projetos já em desenvolvimento pela Secretaria da Segurança Pública (Sesp) prometem transformar a fiscalização, monitoramento e repressão no Estado, fazendo da Inteligência Artificial (IA) uma das principais aliadas contra o crime organizado.



Lançado neste ano, o projeto Olho Vivo visa fortalecer e modernizar a estrutura através da implementação e aplicação do sistema de integração de videomonitoramento por câmeras de segurança em batalhões da Polícia Militar do Paraná (PMPR). Já o Projeto Falcão, oficializado nesta quarta-feira (29) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, em cerimônia na Academia do Guatupê, aposta na utilização de drones e aeronaves tripuladas para garantir suporte aéreo às equipes policiais em terra. O investimento do Governo do Estado nos dois é de R$ 61,4 milhões.



“As diretrizes para se ter uma segurança pública de qualidade são a presença física do policial na rua e muita tecnologia e inteligência. Por isso essa modernização, esse crescimento da estrutura disponibilizada para a Segurança Pública. São viaturas, helicópteros, drones e o que existir de alta tecnologia para garantir o bem-estar dos paranaenses”, afirmou o governador. “É uma repaginação de investimentos para mudar a história da Segurança Pública do Paraná”.



O Paraná ganha mais recursos tecnológicos e mobilidade por meio do Projeto Falcão. São helicópteros equipados com sistemas de última geração e mais seis drones a serviço das tropas de segurança. “O Falcão é um projeto inovador. Teremos a primeira e única polícia da América Latina a ter aeronaves equipadas com essa tecnologia. Ainda aguardamos a chegada de helicópteros dos Estados Unidos, prevista para setembro, e então teremos toda a estrutura desse projeto em pleno funcionamento”, completou o governador.



As aeronaves e todos os equipamentos de Inteligência Artificial embarcada são alugadas, ao custo de R$ 17 milhões por ano, confirmadas por licitação pública. Estão em fase final de montagem e serão incorporadas ao dia a dia da Polícia Militar neste segundo semestre. Terão como bases Curitiba e Cascavel, mas apenas como pontos de referência.



Cada helicóptero terá espaço para até três tripulantes. Contará com câmera HD termal (permite distinguir a temperatura de pessoas e objetos) já com sistemas operacionais especializados que possibilitam o acompanhamento de alvos, geolocalização com o banco de dados completo do Paraná, ferramentas para identificar e delimitar áreas desmatadas com sobreposição de imagens e misturas e adaptações de luminosidade como forma de melhorar as imagens.



Além disso, possuem farol de busca, filtro para operar com óculos de visão noturna, alto-falante externo e streaming para transmissão em tempo real via 4G ou micro-ondas. Por contrato, a atualização tecnológica precisa ocorrer a cada dois anos.



“É algo pioneiro, não existe nada igual no Brasil ou na América do Sul, baseado com aeronaves de baixo custo de aquisição e manutenção, mas com muita tecnologia embarcada. Logo que o governador Ratinho Junior assumiu, em 2019, fomos aos Estados Unidos para ver o que tinha de melhor em tecnologia e implantar no Paraná. Chegamos ao Projeto Falcão, que será um divisor de águas na segurança pública, um exemplo para o País”, disse o coronel Júlio César Pucci, comandante do Batalhão de Operações Aéreas (BPMOA) da PMPR e responsável pelo projeto.



“Optamos pelo aluguel para poder ter atualização tecnológica rápida e não deixar nenhum elefante branco para o Estado”, completou.



Ele explicou que sete militares também já foram formados para poder operar as aeronaves. Outros dois começaram o curso, com duração de seis meses, neste primeiro semestre. A intenção é chegar a 20 profissionais. Um drone com farol de luminosidade e alto-falante, adquirido por meio de convênio com o Instituto Água e Terra (IAT), também está em operação. Outros cinco em processo de licitação para serem comprados. Cada aparelho custa em média R$ 400 mil.



“Nos garante muita autonomia. Drones fazem menos barulhos e podem chegar mais rápidos, por exemplo. Já o helicópteros são completos e podem mapear o Paraná de ponta a ponta, de uma maneira muito ágil”, disse o comandante. “É a estratégia adequada para essas novas modalidades de crimes, como o novo cangaço e o cerco à transportadora de valores de Guarapuava”.



Agência Estadual de Notícias

POW INTERNET
<

Nenhum item encontrado