Por John Johnson
O mercado de trabalho global está enfrentando um ambiente de rápidas mudanças, talvez sem precedentes, no que se refere à mão de obra. Por exemplo, o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos declara que, em média, os americanos mudam de carreira de 5 a 7 vezes ao longo de sua vida. Atualmente, 30% da força de trabalho muda de emprego a cada 12 meses.
Outro fator, pelo menos no mundo ocidental, é o que alguns peritos chamam de “Redução na Participação da Força de Trabalho”. Isso se refere à iminente transferência massiva de riqueza herdada e não ganha pelo trabalho, que pode reduzir para muitas pessoas a necessidade ou incentivo para trabalhar. Herdando dinheiro e outros recursos dos pais, as pessoas podem abster-se de enfrentar a realidade diária de ir para o trabalho, pelo menos no sentido tradicional.
Isso levanta uma questão estratégica: Como empresas e organizações podem ser bem-sucedidas em fazer da produção esperada uma constante quando a mão de obra é variável? Este é um problema novo para muitos ambientes de trabalho, embora não seja desconhecido. Por exemplo, treinadores de atletas das equipes universitárias conseguem manter uma cultura de vencedores apesar de terem que substituir 25% ou mais de seus jogadores mais experientes por novatos todos os anos! Se deixarem de fazer isso, os treinadores são dispensados e outra pessoa assume esse desafio.
A cultura imutável do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos pode ser definida desta maneira: “Descubra a força de vontade que você não sabia que possuía, a força que você jamais pensou que fosse precisar, laços que nunca se rompam, um desejo de por toda vida servir a um propósito muito maior do que a si mesmo.” Esse braço da força militar dos Estados Unidos obteve sucesso em fazer isso por muitos anos – e com uma força de trabalho em sua maior parte composta por adolescentes.
Com essas variáveis no recrutamento e retenção de talentos do mercado de trabalho, como as companhias podem alcançar êxito em sustentar sua cultura e produtos e serviços que oferecem? Isso requer alinhar valores administrativos e comportamentos dos funcionários. Aqui estão apenas alguns deles, além dos princípios bíblicos que lhes dão suporte:
Definir claramente os valores da organização. Assegure que os valores da administração sejam claramente articulados e acessíveis a todos os funcionários. Depois de Sua ressurreição, Jesus Cristo se certificou de que eles entendessem qual era a sua missão. Ele disse: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações...ensinando-os a obedecer a tudo o que Eu lhes ordenei...” (Mateus 28:19-20). Seus seguidores ainda fazem isso nos dias de hoje.
Integrar valores na cultura da companhia. Nutrir uma cultura que incorpore os valores da organização. Isso implica em exemplificar o comportamento desejado em todos os níveis da administração, integrando valores aos programas de treinamento, e construindo um ambiente de trabalho positivo. “Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os Seus passos.” (I Pedro 2:21).
Comunicar valores com eficácia. Comunique os valores da companhia regularmente, através de vários canais, tais como reuniões de equipes, boletins internos e plataformas digitais. Use exemplos da vida real para ilustrar como os valores se traduzem em ações e decisões. “Jesus foi por toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças entre o povo.” Mateus 4:23).
Pela integração dos valores organizacionais aos vários aspectos do mercado de trabalho, desde comunicação ao desempenho da administração, e proporcionando suporte e reforço contínuos, a administração pode efetivamente moldar as ações dos funcionários e abrigar uma cultura que reflita os valores desejados.
Próxima semana tem mais!
John Johnson é um empresário, filantropo, autor do livro Love As a Management Practice, que também foi incluído no currículo para ser ministrado a líderes empresariais e profissionais. Ele tem se envolvido com o CBMC por muitos anos. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto (jcnieto20@gmail.com).
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2024 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL
Questões Para Reflexão ou Discussão
1) Que mudanças você tem observado na mão de obra contemporânea? Por exemplo, muitos estabelecimentos de varejo – especialmente restaurantes – têm encontrado dificuldade em contratar funcionários em número suficiente para servir seus clientes de modo apropriado. Por que, em sua opinião, isso acontece e que outros exemplos você tem visto?
2) Sua companhia ou organização tem uma cultura que é realmente entendida pela equipe que, se necessário, pode comunicar claramente as preocupações fundamentais tais como missão, visão e valores? Explique sua resposta.
3) Quando uma organização enfrenta movimentação e mudança considerável em seu quadro funcional, por que você acha que tentar manter uma cultura constante seja tão importante?
4) Em sua opinião, princípios bíblicos podem ser aplicados ao mercado de trabalho do Século XXI? Por quê? Você pode pensar em outros princípios da Bíblia que se apliquem ao estabelecimento e sustentação de uma cultura corporativa estável?
Nota: Desejando considerar outras passagens referentes ao tema sugerimos: Provérbios 6:20-23; Mateus 5:38-48; 7:12; Romanos 13:8-10; Tiago 2:8-10.
Desafio Para Esta Semana
Separe algum tempo esta semana para considerar como você está – ou poderia estar – contribuindo para a cultura e ambiente de trabalho em sua organização. Se você não acha que sua missão, visão e valores estejam claramente articulados e entendidos, que medidas poderia adotar para ajudar a fazer com que isso ocorra?
Talvez você queira interagir com alguns colegas de trabalho – ou indivíduos que se reportem a você – e discutir como coletivamente vocês podem se tornar uma influência positiva para promover uma cultura forte e positiva para o seu ambiente de trabalho, especialmente se você deseja ser eficiente em servir como embaixador para Jesus Cristo.
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