Por Robert J. Tamasy
Você não gosta de coisas novas? Quem sabe uma nova camisa ou um novo vestido? Talvez um novo computador, um novo smartphone, ou uma nova TV. Quem sabe ainda uma casa nova, um novo carro ou novo emprego. Há algo de intrigante que acompanha a novidade de ter ou experimentar uma coisa nova, uma renovação que nos eleva acima do familiar e mundano.
Por isso, não é nenhuma surpresa que muitos de nós experimentem um senso de empolgação e admiração quando se aproxima um novo ano. No que concerne à transição de 31 de dezembro para 1º de janeiro, trata-se simplesmente de uma questão de tempo, a passagem de um só dia. Porém, ser capaz de começar novamente com um novo calendário, ir de 2024 para 2025, pode de alguma forma agitar sentimentos de entusiasmo e expectativas.
Para aqueles que tiveram um ano difícil ou desafiador, pode significar a possibilidade de declarar: “Fora com o velho – já vai tarde – que venha o novo!” A diferença pode ser apenas de 24 horas, mas ser capaz de virar a página, de começar de novo com uma página em branco nos dá esperança. Para outros o ano que termina foi um dos bons. Assim, eles esperam que venha mais do mesmo, construindo sucessos e antecipando um progresso ainda maior.
Em todo caso, como lidamos com essa novidade, esse “novo começo”? Como evitamos, apenas há alguns dias de distância para um novo ano, experimentar apenas mais das mesmas velhas coisas?
Para algumas pessoas isso envolve a prática anual de tomar resoluções. O problema com resoluções é que elas tendem a ser tudo ou nada. Por exemplo: se alguém decide parar de fumar ou restringir um hábito pouco saudável, uma vez deixando de cumprir aquele compromisso a resolução é quebrada. Ela se transforma em fracasso.
Eu prefiro estabelecer metas, mensuráveis e alcançáveis, em cuja direção eu possa me esforçar ao longo do ano inteiro. Por exemplo: se o meu desejo é escrever um novo livro, não preciso ter isso realizado em primeiro de janeiro, durante a primeira semana do ano, e nem mesmo nos meses iniciais. Eu poderia trabalhar para atingir essa meta e anotar o meu progresso. Ou eu poderia desejar ler a Bíblia inteira em um ano. O ideal seria lê-la todos os dias, mas se eu deixar de fazê-lo algumas vezes, nem tudo estará perdido. Eu posso pôr em dia minha leitura em outro momento.
O melhor de tudo, eu tenho aprendido que o Deus que adoramos e servimos é o Deus das coisas novas. Em Gênese, o primeiro livro da Bíblia, nos é dito que Ele criou os céus e a terra, todas as coisas vivas e, finalmente, os seres humanos. E Ele permanece ativamente empenhado em fazer novas coisas desde então. Considere:
Deus deixa o passado para trás. Muitos de nós lutamos com o passado – fracassos, memórias ruins, expectativas não realizadas, pecados insistentes. O Senhor oferece um novo começo. “Vejam! Estou fazendo uma coisa nova! Ela já está surgindo! Vocês não a reconhecem? Até no deserto vou abrir um caminho e riachos no ermo.” (Isaías 43:19).
Deus nos oferece um novo começo. Ao invés de lutar com dificuldades de longa data e com pecados que nos atormentam, através de Jesus Cristo podemos “recomeçar”: “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne.” (Ezequiel 36:26).
Deus pode mudar nossos motivos. Quando me dou conta de que sai da rota, concentrando o foco nas coisas erradas, gosto de fazer uma pausa e avaliar onde eu estou e onde gostaria de estar. Então, eu oro como o rei Davi orou durante um tempo de dificuldade: “Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável.” (Salmos 51:10).
Próxima semana tem mais!
Robert J. Tamasy, é jornalista, editor e escritor, e autor de "Business at Its Best: Timeless Wisdom from Proverbs for Today's Workplace" e "Tufting Legacies" (ainda não traduzidos para o português). Em co-autoria com David A. Stoddard escreveu "The heart of Mentoring" e tem editado numerosos outros livros, incluindo "Advancing Through Adversity", por Mike Landry. Tamasy mantém um site www.bobtamasy-readywriterink.com e um blog atualizados semanalmente www.bobtamasy.blogspot.com. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2024 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL
Questões Para Reflexão ou Discussão
1) Olhando para trás sobre os 12 meses anteriores, como você avalia o ano que está quase terminando? Quais foram algumas das boas coisas que aconteceram para você? E quais foram as piores?
2) Se pudesse, como você gostaria de mudar as coisas do último ano? Que coisas você poderia desejar manter como estão ou simplesmente construir sobre elas?
3) Com a aproximação de um novo ano, o quanto de planejamento você faz? Você é daqueles que tomam resoluções ou você escreve e adota metas específicas? Para você, qual a diferença entre resoluções e metas?
4) Ao planejar e antecipar para o novo ano, que papel Deus e sua fé nEle exercem em seus preparativos? Explique sua resposta.
Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia sobre o tema sugerimos: Jó 42:2; Salmos 37:3-7; Provérbios 3:5-6; 16:3, 9; 19:21; 20:24; 27:1; Mateus 6:33-34.
Desafio Para Esta Semana
Se você ainda está em meio ao planejamento e estabelecimento de metas para o novo ano, seria útil pedir a perspectiva de uma outra pessoa. Quem é o amigo próximo ou conselheiro de confiança com quem você pode conversar, expressar suas esperanças, sonhos e expectativas e pedir por seu entendimento sobre seus preparativos?
Acima de tudo, determine-se a não colocar em termos concretos suas metas e planos sem orar a Deus pedindo por sabedoria e direção, procurando entender o que Ele quer que você faça – e se torne – ao longo do próximo ano.