Por Jim Mathis
Porque me pareceu sábio permanecer em casa durante a pandemia do COVID-19, me senti como se tivesse envelhecido alguns anos ao longo dos primeiros meses. Eu não comi nem assisti TV demais. E não foi por causa de não estar fazendo nada; usei o tempo para focar em projetos que desejava realizar há anos. Foi porque eu sentia falta das pessoas, de estar com elas, observá-las, interagir com elas.
Eu sentia falta de sair para um café ou almoço com amigos ou tocar música com eles, mas especificamente eu sentia falta dos jovens que normalmente fazem parte do meu dia. Nós frequentamos uma grande igreja que conta com alguns milhares de pessoas, a maioria delas jovens. Minha esposa e eu somos um dos casais mais velhos ali. Algumas vezes pessoas mais velhas visitam a igreja, mas entre os participantes regulares, nós somos os mais velhos ou quase isso. Isso significa um monte de crianças e adolescentes correndo em volta, e música alta, cheia de energia.
Do que mais eu senti falta foi da energia do saguão. Falar com as pessoas, cumprimentar alegremente as que não via desde o último domingo, de um modo geral, recarrega as energias para a semana. Eu não tento lembrar o nome das crianças; apenas aprecio a atividade e os jovens pais tentando manter seus pequenos sob controle. Basicamente, senti falta da interação regular cara a cara com as pessoas.
Já foi dito que nos tornamos uma mistura de nossos cinco amigos mais próximos; tornamo-nos parecidos com aqueles com quem passamos mais tempo juntos. Se passarmos tempo com pessoas inteligentes que nos desafiam a ler e adquirir mais instrução, naturalmente faremos isso. Se nossos amigos são atletas, melhoramos nosso desempenho físico. Se nossos amigos são arrogantes ou desajeitados, começamos a seguir o seu exemplo. Assim, as amizades que estabelecemos com outras pessoas, fazem grande diferença em quem nos transformamos.
O palestrante motivacional Charlie “Tremendo” Jones frequentemente dizia que nós seremos as mesmas pessoas daqui a cinco anos, exceto pelos livros que lermos e as pessoas com quem nos encontrarmos. A Bíblia, como era de se esperar, fala bastante sobre a importância de nosso relacionamento com outras pessoas. Aqui estão alguns exemplos:
Fomos criados para ter relacionamentos. Desde o início Deus queria desfrutar de um relacionamento com as pessoas que Ele criou, mas também reconheceu que nós precisamos de relacionamentos saudáveis com outras pessoas. “Então o Senhor Deus declarou: ‘Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda.” (Gênesis 2:18).
A solidão pode ser uma aflição terrível. Assim como estar com as pessoas nos mantêm motivados, a falta desse tipo de interação pode ser debilitante. “Havia um homem totalmente solitário; não tinha filho nem irmão. Trabalhava sem parar! Contudo, os seus olhos não se satisfaziam com a sua riqueza. Ele sequer perguntava: ‘Para quem estou trabalhando tanto, e por que razão deixo de me divertir?’ Isso também é absurdo; é um trabalho por demais ingrato!” (Eclesiastes 4:8).
Estar com outras pessoas traz muitos benefícios. Ser capaz de estar com outras pessoas faz mais do que simplesmente eliminar a solidão. “É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se!...Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade.” (Eclesiastes 4:9-12).
Confiamos que nos meses que estão por vir seremos capazes de recomeçar a passar tempo com os velhos amigos, fazer novos, nos envolvermos em novas e empolgantes atividades e formar hábitos novos e positivos. É a oportunidade perfeita para descobrirmos um novo normal. Lembre-se de que aqueles com quem passamos mais tempo podem influenciar fortemente quem somos e quem seremos. Assim, escolha com sabedoria.
Próxima semana tem mais!
Texto de autoria de Jim Mathis, dono de um Estúdio de Fotografia em Overland Park, Kansas, USA, especializado em trabalhos corporativos, comerciais e artes dramáticas. Também dirige uma Escola de Fotografia. Jim é autor de "Câmaras de Alto desempenho", livro para pessoas comuns sobre fotografia digital. Foi dono de uma Cafeteria e Diretor Executivo do CBMC, em Kansas City, Kansas, Missouri. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de Juan Nieto (jcnieto20@gmail.com)..
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2021 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL
Questões Para Reflexão ou Discussão1. Como as restrições da pandemia têm afetado você, especialmente no que diz respeito a seus relacionamentos interpessoais de costume?
2. Você acha que a diminuição ou falta das interações sociais normais tenham influenciado negativamente a forma como você se sentiu, mental, emocional e espiritualmente? Explique sua resposta.
3. Do que você sentiu mais falta em termos sociais durante este tempo? Você foi capaz de manter sua produtividade no trabalho ou ela decaiu por não poder trabalhar em equipe?
4. Você é mais extrovertido ou introvertido? Como isso afetou sua forma de reagir às restrições da pandemia que muitos de nós têm de enfrentar?
Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Provérbios 27:17; Romanos 12:3-5; I Coríntios 12:12-26; II Coríntios 6:14-17.