Reflexão

A Fé Começa em Casa – Quando Erramos na Educação I



Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer sempre ao seu pai e à sua mãe porque Deus gosta disso. Pais, não irritem os seus filhos, para que eles não fiquem desanimados. (Colossenses 3:20,21)

Quando nós erramos na educação, criamos feridas em nossos filhos. Talvez nós mesmos sejamos frutos de uma educação que nos deixou marcas.

Não quero dizer que nossos pais foram maus ou falharam na nossa educação, mas, quem sabe, apesar de todo seu esforço, não conseguiram atingir o coração do seu filho ou filha, deixando marcas, feridas e ressentimentos.

O fato é que, se estas marcas não são tratadas, elas farão com que o filho reproduza isto também nos seus filhos e, com isso, continua um ciclo de feridas e maldições.

Muitos cristãos não vivem a vida abundante que Jesus disse que viveríamos por causa de feridas. Outro tanto não desfruta de uma vida emocional saudável e produtiva por causa de feridas. E alguns destroem seus relacionamentos, ministérios e carreiras por causa de feridas.

O principal motivo de abertura de feridas são as falhas na paternidade e rebelião.

Quando há um jugo nas rejeições familiares, e isto pode ocorrer de muitas formas, como por exemplo: nasce o segundo filho e o primeiro acaba sendo colocado de lado e responsabilizado pelo que não lhe compete.

Ou ainda se ocorrem decepções com os modelos de autoridade significativos na vida, seja o pai, autoridades espirituais, parentes, patrões, professores, enfim, pessoas que estão próximas de nós e nos influenciam.

Ainda quando os pais se dirigem aos filhos com ira, esta abastece a rebelião dos filhos.

Há também o conflito de gerações, em que os pais não falam a linguagem dos filhos e vice-versa, podendo causar toda forma de transtornos, tais como: abandono, rejeição, correção injusta, desrespeito, desprezo, etc.

Os pais precisam compreender a dinâmica cultural da sua geração para a próxima, para que a relação entre eles não seja cortada no coração.

Quando se rompe este laço dos pais com os filhos, estes passam a ver a autoridade como uma ameaça e a opção para esta quebra é a rebelião. Se para a rejeição não houver perdão, então é estabelecida a rebelião, que leva a feridas ainda maiores.

A epidemia de famílias destruídas em nossos dias denuncia a nossa geração. E o que leva um filho a amaldiçoar seu pai podem ser as falhas na paternidade.

Quando nós como pais não temos um legado a deixar a nossos filhos, então estabelece-se uma ruptura de gerações, seja na forma de pensar ou de agir.

Uma pessoa que passou por isto poderá se tornar um adulto impelido, que fará qualquer coisa para obter o respeito do pai, para mostrar que tem valor e merece a bênção do pai, além de querer demonstrar e se convencer de que é um adulto e não uma criança.

Poderá ainda se tornar um adulto passivo, que desiste facilmente de tudo, não se envolve emocionalmente com seu pai ou com qualquer outro adulto, como seu cônjuge e filhos. Se for homem será do tipo: vai para casa, janta, assiste televisão e vai para cama. Se for mulher: levanta tarde, não faz nada em casa e não cuida dos filhos.

Há algum tempo li um artigo que falava do dia das mães e como muitos presos ansiavam por verem suas mães, mas o mesmo não ocorria quando chegava o dia dos pais. Ao ser perguntado porque disto, muitos dos presos diziam que tinham raiva de seus pais, ou que haviam sido abandonados, rejeitados e agredidos. Não tinham a menor vontade de verem seus pais.

Desta forma encontramos muitas pessoas pela vida, que necessitam receber a cura em suas emoções para que possam desfrutar da vida abundante que Jesus nos assegura.

A única forma de recebermos esta bênção é exercitando o perdão em nossa vida, seja perdoando, seja pedindo perdão pelos nossos atos. Ao fazer isto, Cristo Jesus se apresenta e tira-nos daquele estado de prisão emocional e enche de abundante vida.

Pai celestial, muitas vezes minhas necessidades emocionais, físicas e espirituais não foram atendidas pelo meu pai, o que me trouxe dores e feridas. Da mesma forma tenho agido com meus filhos, reproduzindo estas feridas. Desejo perdoar meu pai por estes atos, pelos sentimentos que me despertou e pelas consequências em minha vida. Assim também peço perdão por ter reproduzido em meus filhos. Senhor Jesus, cura meu coração e o dos meus filhos e nos dê a tua unidade e paz. Amém!

Luis Antonio Luize
ICHTUS – Uma Parceria Diária com Deus
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