Reflexão

A Vida por um Fio



Um alpinista famoso sempre buscava superar novos desafios. Depois de muita preparação, decidiu escalar sozinho o monte Everest, uma empreitada árdua e de muito perigo.

Na medida em que ia subindo os desafios cresciam, mas ele confiava muito em si mesmo e em toda a sua preparação. Cada dia queria superar um pouco mais os seus limites.

Agora faltava pouco, aquele dia já estava acabando e escurecia rapidamente. O bom senso e prudência indicavam a necessidade de acampar e descansar antes de atingir o topo, mas ele quis se superar e continuou mesmo com dificuldade de enxergar mais a frente.

Bastou um descuido e ele escorregou encosta a baixo. Caía a uma velocidade vertiginosa, se sentia sugado pela força da gravidade e açoitado pelo choque com as pedras.

Momentos de angústia e medo em que parece que a vida toda passa em um segundo. Lembranças de alegrias e tristezas, misturadas a questionamentos sobre a vida e o seu sentido.

De repente, sentiu um forte puxão que quase o partiu ao meio. Era a corda de segurança presa a sua cintura. Suspenso no ar, na completa escuridão, machucado e sem forças, a única coisa que lhe restava era suplicar por ajuda.

Mas, quem além de Deus poderia ouvi-lo naquela hora? E Deus ouviria alguém que se quer acreditava na sua existência?
Nestas horas, mesmo o mais convicto ateu revela aquilo que é impossível aos homens negar.

- Oh Deus, me ajude! Se de fato tu existes me ajude a sair desta!
E uma voz, clara e profunda se fez ouvir: “O que tu queres?”
- Salve-me, por favor, me livre desta situação.

E a voz novamente pergunta: “Tu confias em mim e crês que eu possa te ajudar?”.

- Sim eu creio. Eu faço tudo o que o SENHOR mandar! Me salve!
Então Deus falou: “Corte a corda que o mantém pendurado e eu cuidarei de ti”.

Passado algum tempo, o pessoal do resgate encontrou o alpinista congelado, morto, agarrado firmemente com as duas mãos a uma corda ... e tão somente a um metro do chão.

A que corda você está agarrado? Por que não se solta nas mãos de Deus?

Adaptado por Celso Misfeldt

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