Reflexão

Adoção



Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. (Romanos 8:15 ARA)

Interessante que a Bíblia usa a palavra “espírito” com poucos significados: sopro de vida, anjos do bem e do mal, ou estado espiritual como neste caso. Quando falamos em “espírito de morte” podemos estar nos referindo a um demônio. Quando mencionamos “espírito de adoção” estamos falando de um toque espiritual e não de uma personificação espiritual específica.

Se somos adotados é por que não somos filhos legítimos, no sentido da descendência. Não nascemos de Deus, como Jesus de Nazaré, mas de seres humanos. Isso nos torna estranhos a Deus no nascimento. Ao nascermos de novo no Espírito Santo, recebemos este “toque” que Paulo chamou de “espírito de adoção”. Isso nos torna filhos, ainda que não o éramos anteriormente. Por conta disso temos herança, conquistamos alguns direitos e obviamente, assumimos (ou deveríamos assumir) algumas obrigações ou deveres. Ser filho só é sinôminimo de herança desobrigada na cabeça de quem nunca compreendeu o que é uma herança ou nunca a teve.

No Reino de Deus seremos herdeiros juntamente com Jesus e só por isso já vale a pena perder a vida aqui no sentido que for. Esta adoção nos tira de um grande problema: a condenação da morte eterna. Mas traz consigo um aspecto que acabo de mencionar: se Deus passa a ser nosso Pai então lhe devemos obediência, respeito, reverência, honra. Ele nos adotou, este texto é claro sobre isso, além de mais alguns outros como Rm 8:23 e 9:4, Gl 4:5 e Ef 1:5.

Eu creio que nem precisaria mencionar isso, mas o que Deus como Pai te pede, como filho obediente? Será que é algo diferente do que pede a mim? Viver para o Reino, buscar primeiro as coisas do alto, não acumular tesouros neste mundo, santificar-se, orar em todo tempo, anunciar o evangelho a toda criatura… Será que temos como dissociar a herança das obrigações que ela traz? Eu não creio nisso.

“Pai, obrigado por poder te chamar de Pai. Na qualidade de filho, quero ser um filho melhor, obediente e que honra seu Pai Eterno. Ajuda-me Deus.”

Mário Fernandez


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