Reflexão

Leva-me para junto das águas de descanso Sl 23.2



Será que vale mesmo a pena essa correria incessante, em que tantas pessoas vivem? E afinal, por que será que esse ritmo apressado já se tornou um hábito?
Será que os filhos dos homens também têm de viver sempre “tangidos”, “cabrestados” como se fossem animais? Será que não há um meio de nos livrarmos dessa pressa alucinante que insiste em se manifestar em todas as camadas sociais?
A verdade é que o cristão pode, sim, ter uma vida ativa mais tranqüila. Ele pode levar para as ruas a atmosfera do aposento da oração. Nosso Pastor promete nos levar para junto das águas de descanso, que são as mais profundas.
Creia-me, irmão, essa vida agitada, tumultuada, que muitos levam não faz parte do plano de Deus para nós. Quem vive assim, na realidade, não está deixando que o Pastor o conduza às águas de descanso. Está, ele próprio, caminhando à frente do Pastor.
“Se fossemos mais dóceis, viveríamos de forma mais tranqüila”.
Nossa alma só opera em descanso quando se acha controlada pela vida de fé. Enquanto não passarmos a “andar atrás de Deus”, no ritmo que ele determina, não aprenderemos o verdadeiro sentido das seguintes palavras:
Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme.
Se aprendermos a ajustar nosso passo com o movimento rítmico dos astros silenciosos, nossa terrinha desinquieta e a vidinha agitava que levamos se revestirão de mais valor e dignidade.
Todos os grandes homens tiveram seus momentos de silêncio. Abraão, a sós com Deus, tornou-se o pai de uma nação. Moisés, no silêncio e na tranqüilidade do deserto, recebeu a mensagem de Deus, junto à sarça ardente. A maior parte da preparação desses homens se deu na escola do silêncio.
Para nos tornarmos espirituais, precisamos de tempo.
Isso não acontece automaticamente.

Adaptado por Celso Misfeldt de Fontes no Vale.

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